Esqueça a ideia de que os príncipes ficam envolvidos apenas em tarefas da realeza, acenando para o povo ou participando de jantares caros. Hoje em dia, já existem vários príncipes e princesas que precisaram correr atrás de um emprego, e o príncipe Harry não foi o primeiro.
O Príncipe Harry conseguiu um emprego um ano após ter renunciado à família real britânica e de se mudar para os Estados Unidos com sua esposa Meghan Markle, segundo informou ”The Wall Street Journal” na última terça-feira (23).
Contudo, além do príncipe Harry, outros jovem membros da realeza também já trabalham ou trabalharam.
Confira 5 exemplos de príncipes que já arregaçaram as mangas antes do segundo filho de Lady Diana.
1-Princesa Sofia, da Suécia
A princesa Sofia da Suécia, esposa do príncipe Carl Philip, começou a trabalhar recentemente, em abril de 2020, com o início da pandemia.
“A Princesa Sofia fez um curso de três dias no Sophiahemmet (hospital privado em Estocolmo, do qual ela é a presidente honorária). A princesa Sofia não trabalhará diretamente com os pacientes, mas ajudará as pessoas que trabalham lá a desinfetar os materiais”, segundo o comunicado na página oficial da realeza no Instagram.
Além disso, a princesa tem a função de orientar pessoas nos centros hospitalares.
2- Príncipe Philippos, da Grécia e Dinamarca
O Príncipe Philippos, de 34 anos, é o filho mais novo do Rei Constantino II da Grécia e Anne-Marie da Dinamarca.
O príncipe mora na cidade de Nova York. Desde 2014, trabalha como analista da Ortelius Capital, um grupo de investimentos alternativos especializado em fundos de hedge e private equity.
Philippos se casou recentemente com Nina Nastassja Flohr, filha de Thomas Flohr, multimilionário suíço.
3- Princesa Beatrice, de York
Embora passe muito tempo participando de eventos reais, a princesa Beatrice não faz parte dos membros da família real do Reino Unido que desempenham compromissos públicos em tempo integral.
Por causa disso, ela não recebe cheques do Sovereign Grant, o fundo apoiado pelo governo que financia as funções oficiais da rainha Elizabeth II.
Isso significa que ela e sua irmã, Eugenie, encontraram outras maneiras de ganhar a vida. A princesa Beatrice, com bacharelado em história, trabalha em finanças e consultoria.
A princesa já trabalhou na empresa de capital de risco Sandbridge e, posteriormente, na empresa de software Afiniti, onde atualmente trabalha como vice-presidente de parcerias e estratégia.
“Beatrice é responsável pela gestão das parcerias estratégicas da Afiniti, bem como pelo crescimento da empresa por meio de iniciativas exclusivas e desenvolvimento de clientes”, de acordo com a biografia da empresa.
4- Princesa Eugenie, de York
Assim como sua irmã mais velha, a princesa Eugenie nunca precisará se preocupar com dinheiro, mesmo sem receber os cheques do Sovereign Grant, a princesa tem o apoio de sua família.
Contudo, a Princesa Eugenie usou seus diplomas em história da arte e literatura inglesa da Universidade de Newcastle para primeiro trabalhar em uma empresa de leilões online antes de se tornar diretora da galeria de arte Hauser & Wirth de Londres.
Em 2016, o Duque de York declarou sobre suas filhas: “Como pai, meu desejo para minhas filhas é que sejam jovens trabalhadoras modernas, que por acaso são membros da Família Real, e estou muito feliz em vê-las construindo suas carreiras”.
5- Príncipe Nikolai, da Dinamarca
O príncipe Nikolai da Dinamarca, de 21 anos, se tornou uma figura de destaque na semana da moda em 2018, abrindo desfiles para marcas como Dior.
Desde então, ele se tornou o garoto de ouro da marca de moda e até abriu o recente desfile Dior Homme A / W 2020 em janeiro do ano passado.
O novo trabalho do Príncipe Harry
De acordo com o jornal, o príncipe conseguiu o cargo de “diretor de impacto” da empresa Better Up, especializada em coaching e saúde mental.
“Pretendo ajudar a criar impacto na vida das pessoas”, disse Harry ao confirmar a informação para o jornal.
“O coaching proativo oferece possibilidades infinitas para o desenvolvimento pessoal, maior consciência e uma vida melhor em todos os aspectos”, continuou.
Além disso, o príncipe se juntou a uma comissão do Instituto Aspen para combater a desinformação, conforme anunciou o centro de pesquisas dos EUA após dois dias da notícia que Harry havia sido chamado para trabalhar como coach.
O Instituto Aspen, uma organização sem fins lucrativos, se declarou “honrado” por ter o Duque de Sussex como um dos 18 membros de sua “Comissão do Transtorno de Informação”.
A renda do príncipe
De acordo com a jornalista italiana e escritora do livro “Elizabeth II de A a Z”, [sem edição no Brasil], Lavinia Orefici, em 2020, Harry e Meghan não receberam dinheiro da família real mas também não receberam da Sovereign Grant.
Anteriormente, Harry e Meghan recebiam dinheiro do Sovereign Grant e do ducado da Cornualia, “do Sovereign Grant eles não receberam dinheiro após a renúncia, mas em relação ao dinheiro do ducado da Cornualia que é do príncipe Charles, nós não sabemos, mas Harry disse durante a entrevista que o seu pai o havia cortado financeiramente, então ele tem apenas o dinheiro que sua mãe deixou de herança quando faleceu”.
Tiveram também dois acordos “muito importantes”, um deles com o aplicativo de música e podcasts, Spotify, e o outro com a Netflix, as duas somam o valor de mais ou menos US$ 200 milhões.
Além disso, Meghan também tinha dinheiro do seu trabalho como atriz, algo próximo de US$ 4 ou US$ 5 milhões, revela a jornalista.
Quem paga pela segurança de Harry?
Segundo uma estimativa da Forbes, a conta anual de segurança do duque e da duquesa de Sussex pode facilmente totalizar entre US$ 2 a US$ 3 milhões, para proteção de 24 horas por dia.
“A questão da segurança foi um dos maiores problemas do acordo porque a segurança não depende do palácio e Buckingham. Existe um comitê sobre a segurança das cinco grandes nações que tem uma lista das pessoas destes lugares que devem receber segurança”.
Esta lista vai para o governo do Reino Unido que a encaminha para a Scotland Yard que é quem presta o serviço, mas não a todos os membros da família real têm segurança 24 horas por dia.
Quando Harry e Meghan chegaram nos Estados Unidos, Donald Trump, que na época estava na Casa Branca, disse que os Estados Unidos não pagariam pela segurança deles, explica a escritora.
Diante disso, ao fazer o acordo com o Spotify e Netfilx, eles negociaram que as empresas se encarregariam de pagar pela segurança da família pois este era o maior problema deles.
Como será o futuro de Harry trabalhando?
Para a especialista, “conseguir dois trabalhos em 48 horas neste momento é algo difícil”, e ele conseguiu um trabalho em uma Startup do vale do silício”, o que prova que pelo fato do príncipe ser reconhecido mundialmente, fica mais fácil de ter contatos e conseguir novas oportunidades.
Contudo, a escritora lembra que Harry apenas trabalhou na realeza, desta forma, o príncipe não tem experiência com startups, o que pode ser desafiador.
“Ele nunca realmente trabalhou na vida dele, apenas no exercito e na família real, por isso, não tem como saber se ele tem as habilidades necessárias para trabalhar em uma Startup”.
Enquanto em seu outro emprego, o príncipe Harry trabalhará contra as fake news, no entanto, “a sua vida está repleta delas. Até o dia de seu casamento sofreu com mentiras da mídia”, o que também pode dificultar o seu trabalho na comissão, conclui Orefici.
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