Primeiro leilão sob Bolsonaro pode arrecadar até R$ 7,85 bilhões

O presidente eleito Jair Bolsonaro pode começar o mandato de seu governo arrecadando R$ 7,85 bilhões com o leilão de áreas exploratórias do pré-sal. A assinatura para a concessão foi autorizada pelo Conselho Nacional de Políticas Energéticas (CNPE) nesta segunda (17).

Com isso, cinco áreas de exploração do pré-sal serão leiloadas sob a gestão de Bolsonaro. Além disso, o CNPE autorizou a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP) a realizar leilões fora do pré-sal. No total, serão 42 blocos. No entanto, ainda não foram definidas as datas das concorrências.

Saiba mais: Novo leilão do pré-sal é marcado para 1º de novembro de 2019

O bloco mais caro do pacote é o chamado Aran, na Bacia de Santos. Os bônus de assinatura chegam a R$ 5,05 milhões.

Em 2006, o bloco chegou a ser arrematado pela italiana Eni, um ano antes de o governo anunciar oficialmente a descoberta do pré-sal. Nessa época, ela se comprometeu a pagar R$ 307,3 milhões para ficar com a concessão. Porém, a Justiça suspendeu a licitação e nenhum contrato foi assinado.

Localizada em frente ao litoral paulista, próximo a Carcará, Eni é operada hoje pela norueguesa Equinor (antiga Statoil).

Segundo bloco mais caro, o Cruzeiro do Sul tem um bônus de R$ 1,15 bilhão. A ANP licitará também outras áreas:

  • Norte de Brava (R$ 600 milhões);
  • Bumerangue (R$ 550 milhões);
  • Sudoeste de Sagitário (R$ 500 milhões).

Nos leilões do pré-sal, vence a disputa quem se comprometer a apresentar o maior volume de petróleo à União. As taxas bônus são fixas.

A política de leilão de campos de petróleo segue a linha adotada pela equipe econômica do futuro governo de Jair Bolsonaro.

Renan Dantas

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