Previdência: Bolsonaro diz que reforma precisa economizar pelo menos R$ 800 bi
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (25) que a reforma da Previdência deve economizar pelo menos R$ 800 bilhões em dez anos. Se for aprovado em sua integralidade, a equipe econômica do governo prevê que o projeto gere uma economia de R$ 1,16 trilhão em 10 anos.
O presidente afirmou também que se caso a reforma da Previdência for desidratada o País entrará no caos. “Sem a reforma, nossas finanças podem explodir até 2022”, afirmou Bolsonaro. A fala ocorreu em um café com jornalista.
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Rodrigo Maia
Bolsonaro elogiou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Para ele, Maia desempenhou um papel essencial na aprovação da admissibilidade da reforma na CCJ. “Maia deu exemplo de entrega e abnegação”, afirmou. O presidente disse também que a partir de agora “a bola está com ele (Maia)”.
Mudanças previstas
Por outro lado, os deputados defendem uma maior articulação do governo e já confirmaram a retirada de alguns pontos do texto da reforma da Previdência. A aposentadoria rural e o Benefício de Prestação Continuada são as principais alterações pedidas.
“Definimos que, na comissão especial, vamos tirar o BPC, os aposentados rurais, os deficientes. Vamos fazer uma proteção aos mais pobres. Eu percebo que a cada dia, o governo está se organizando melhor e, por isso, acredito que teremos um trabalho mais célere na comissão especial”, disse Baleia Rosse.
Sobre a aposentadoria rural, um dos pontos mais polêmicos da proposta, o secretário da Previdência, Rogério Marinho, foi categórico: “Em relação à aposentadoria rural, você tem 16% de pessoas que moram no campo e 32% dos aposentados do Regime Geral são rurais, evidente que há uma fragilidade no cadastro”.
Para Marinho, essa divergência traz um prejuízo que é compartilhado pela sociedade.
Próximos passos da tramitação da Previdência na Câmara
A partir de agora, a tramitação da reforma da Previdência na Câmara ocorre da seguinte forma:
- Deputados integrantes da comissão serão escolhidos;
- Nas 10 primeiras sessões, os deputados podem apresentar emendas que alterem o texto aprovado na CCJ;
- A partir da 11ª sessão o relator pode apresentar o parecer;
- O relatório será votado pelos deputados integrantes da comissão especial;
- Se aprovado, o texto passa para o plenário da Câmara e deve ser lido em sessão;
- A votação deve ocorrer em dois turnos e a PEC precisa do apoio de, no mínimo, 308 deputados;
- Se aprovada, a reforma da Previdência passa para análise no Senado.
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Marinho afirmou que os dados e estudos que embasaram o texto da PEC da Previdência serão divulgados nesta quinta-feira (25) para os líderes.