Reforma da Previdência: Guedes diz que proposta coloca o Brasil para andar

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (4) que se caso a reforma da Previdência for aprovada, irá colocar “o país para andar”. O ministro afirmou também que o sistema de capitalização dará um “choque de emprego”.

De acordo com Guedes, será necessário que a proposta da reforma da Previdência economize, ao menos, R$ 1 trilhão em dez anos para viabilizar a capitalização. Na proposta enviada ao Congresso, a economia é de R$ 1,23 trilhão nesse período caso passe sem alterações.

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“Pelo menos deem uma chance de a nova previdência nascer. Vamos conversar”, pediu o ministro durante a audiência. O ministro acrescentou ainda que a “potência fiscal” de R$ 1 trilhão traria “liberdade para as futuras gerações”, fazendo com que as pessoas possam ter “previdência diferentes”. “Será tão solidária quanto essa de hoje”, declarou ele.

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Guedes também ressaltou que o país está crescendo 0,6% ao ano há dez anos. “O Brasil é uma baleia ferida que foi arpoada várias vezes e parou de se mover. Temos que retirar os arpões, consertar o que está equivocado. Não tem direita e nem esquerda. Precisamos reerguer a economia brasileira“, afirmou.

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Para o ministro, o setor público é uma “máquina perversa” de transferência de renda, o que, em sua visão é “inconcebível”. Segundo ele, recursos de outras áreas, como a distribuição de benefícios fiscais, são gastos com o rombo previdenciário.

Segundo Guedes, se a reforma previdenciária for aprovada será possível encerrar a fase de “contenção” de danos, possibilitando se concentrar em uma “agenda construtiva”, que englobará a reforma tributária e a discussão do pacto federativo.

Reforma tributária

Para a reforma tributária, Guedes propôs a redução de privilégios, como deduções do Imposto de Renda. Além disso, defendeu a redução de isenções para instituições, como escolas e hospitais que prestam serviço à classes mais favorecidas de renda.

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Ademais, afirmou que há a necessidade de unir impostos federais em um único tributo nos moldes do Imposto Sobre Valor Agregado (IVA). Porém, disse que estados e municípios devem ficar de fora da proposta que tramita na Câmara dos Deputados.

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“Gostaríamos que estados e municípios tivessem liberdade de decidir”, disse. “Vamos trazer uma proposta de redução, simplificação de impostos, e vamos olhar para essa dimensão social”, completou.

Renan Dantas

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