A economia brasileira recuou pelo quarto mês seguido, segundo os dados do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC). O estudo divulgado nesta sexta (13), e considerado como a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), apontou uma queda de 0,55% em novembro de 2022.
Segundo as informações do Banco Central, novembro foi o quarto mês seguido com um recuo na atividade econômica nacional. Confira o resultado dos últimos seis meses:
- Novembro/2022: -0,55%;
- Outubro/2022: – 0,28%
- Setembro/2022: – 0,11%;
- Agosto/2022: – 1,21%;
- Julho/2022: + 1,87%;
- Junho/2022: + 0,99%.
De acordo com o BC, em comparação com novembro de 2021, o IBC-Br cresceu 1,65%. Na parcial de 2022, o índice aumentou 3,26% e, nos últimos 12 meses até novembro, o crescimento foi de 3,15%. Os dados foram calculados após o ajuste sazonal, que “compensa” comparações realizadas em períodos diferentes.
Essa desaceleração da economia ocorreu no contexto de juros altos por causa do combate das pressões inflacionárias. Segundo a Guide Investimentos, a expectativa do mercado era que o índice fosse de – 0,2%, por causa dos sinais de desaceleração apresentados nos últimos dados setoriais econômicos.
Os economistas Carlos Pedroso e Mauricio Nakahodo, do Banco MUFG Brasil, esperam um crescimento econômico de apenas 0,8% em 2023.
“O IBC-BR pior do que o esperado em novembro e a revisão para baixo nos meses anteriores provavelmente fazem com que a contração do PIB no 4º trimestre do ano passado seja pior do que a nossa previsão de – 0,3%. De qualquer forma, durante todo o ano de 2022, o crescimento econômico pode ter atingido níveis próximos a 3%”, destacaram os especialistas.
IBC-BR: O que é?
O IBC-BR é calculado pelo Banco Central para avaliar o crescimento da economia brasileira. O principal objetivo desse indicador é prever o resultado do PIB para um determinado período.
O índice reúne informações do nível de atividade dos três setores da economia nacional: agropecuária, indústria e serviços.
Enquanto o IBC-Br é de responsabilidade do Banco Central, o PIB é monitorado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).