Previ diz que queda da Vale não compromete pagamento de benefícios
A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) alertou os investidores que não enfrentará dificuldades para pagar os benefícios de seus associados, apesar da forte queda das ações da Vale S.A. (VALE3).
A Previ, maior acionista da Vale, também afirmou que não vê necessidade de vender as ações da mineradora.
Na segunda-feira (28), os papeis da Vale tiveram queda de 24,52% a a R$ 42,38. A empresa perdeu R$ 71 bilhões no valor de mercado.
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“Sobre o impacto negativo da desvalorização das ações da companhia no Balanço da Previ, a Entidade informa que possui uma carteira de ativos diversificada, capaz de absorver os efeitos de curto prazo desse evento”, disse a Previ em nota.
“A Previ reafirma sua solidariedade com o sofrimento das vítimas e seus familiares”, concluiu a entidade.
O investimento da Previ na Vale ocorre por meio da Litel, um veículo de investimento que detém 22% do capital total da mineradora. A Previ controla 80,6% da Litel.
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Brumadinho
A queda das ações da Vale na B3 (BM&F Bovespa) ocorreu no primeiro dia de abertura da bolsa de São Paulo após o colapso da barragem da mineradora.
A mina do Córrego do Feijão teve a barragem 1 rompida na última sexta-feira (25). Uma onda de lama tomou os arredores da mineradora e do município de Brumadinho.
Até o momento da publicação, as informações confirmadas pela Defesa Civil de Minas Gerais eram de:
- 65 mortes, das quais 31 as vítimas foram identificadas;
- 279 pessoas permanecem desaparecidas;
- 192 pessoas foram resgatadas com vida.
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Na data, a B3 não abriu por conta do feriado municipal do aniversário da cidade de São Paulo.
Com isso, os papéis da Vale sentiram a reação do mercado apenas na véspera.
Nos Estados Unidos da América (EUA), onde a bolsa de Nova York (NYSE) estava funcionando, o impacto foi imediado.
Os American Depositary Receipts (ADRs) da Vale, recibos de ações de empresas de fora dos Estados Unidos negociados na NYSE, finalizaram a sessão com queda de 8,08%.