A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) lamentou o desastre ocorrido em Brumadinho. A Previ é a maior acionista da Vale.
Em nota emitida neste sábado (26), a Previ lamentou o rompimento da barragem em Brumadinho. A Caixa de Previdência afirmou estar atenta para que a Vale preste todo o suporte necessário aos atingidos pelo desastre.
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“A Previ, assim como toda a sociedade brasileira, está profundamente sensibilizada com o acidente de Brumadinho e solidária com as vítimas e familiares”, informou a nota do fundo de pensão, “Como acionistas da Vale, estamos nos certificando de que a companhia está dando todo o suporte possível para os atingidos, bem como adotará providências para apurar os motivos do acidente”.
A Vale já está sofrendo as consequências econômicas do desastre ocorrido com sua barragem. A Justiça de Minas Gerais determinou na sexta-feira (25) o bloqueio de R$ 1 bilhão nas contas da Vale. Além disso, a mineradora já foi multada em R$ 250 milhões pelo Ibama.
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Sob o perfil da Bolsa de Valores, os recibos de ações (ADRs) da mineradora despencaram em Nova York na última sexta. Os papéis da Vale cotados em Nova York fecharam em baixa de 8%, a US$ 13,66. Na mínima da sessão, os ADRs chegaram a perder 12%. A mineradora não foi cotada em São Paulo pois a Bolsa brasileira ficou fechada por causa do feriado municipal.
O desastre de Brumadinho
A Barragem 1 de rejeitos da mina de Córrego do Feijão estourou na última sexta-feira (25). A mina, localizada na área metropolitana de Belo Horizonte, é de propriedade da Vale. O acidente gerou uma avalanche de lama, que destruiu parte do centro administrativo da empresa em Brumadinho, e arrastou casas e até uma ponte. As autoridades locais informaram que pelo menos 11 pessoas morreram e outras 256 estão desaparecidas.
O Instituto Inhotim, um dos maiores centros de arte ao ar livre da América Latina, foi esvaziado por medida de segurança. Por causa do rompimento da barragem de Brumadinho, o instituto não abriu sábado (26) e não abrirá nem domingo (27).
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A barragem rompida faz parte do complexo de Paraopeba. A mina é responsável por 7,3 milhões de toneladas de minério de ferro do terceiro trimestre de 2018. O volume corresponde a 6,2% da produção total de minério de ferro da Vale.
Esse é o segundo desastre com barragem em que a Vale se envolve em três anos. Em 2015 ocorreu a tragédia de Mariana, com o rompimento da barragem da Samarco. Naquele desastre morreram 19 pessoas e a lama destruiu centenas de casas e construções. A Samarco é controlada pela Vale e pela mineradora anglo-australiana BHP Billiton, cada uma com 50% das ações. As duas empresas se tornaram alvo de ações na Justiça por conta do desastre. As pessoas afetadas ainda esperam por reparação.
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