Após pressão de caminhoneiros, governo atualiza tabela do frete em 4,13%

Com pressão dos caminhoneiros, o governo anunciou o reajuste da tabela do frete rodoviário. Os preços mínimos terão alta de 4,13%, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Os novos valores da tabela do frete foram publicados depois de uma reunião entre o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e representantes dos caminhoneiros.

A medida já havia sido prometida à categoria pelo governo quando foi anunciado o aumento de R$ 0,10 no diesel. A fiscalização do cumprimento dos valores da tabela do frete também foi prometida aos caminhoneiros, que descartaram a possibilidade de uma nova greve.

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A alteração da tabela do frete ocorreu depois que o diesel teve uma alta de 10,69% em comparação a janeiro. Pela lei, o reajuste deve acontecer sempre que o combustível acumular uma alta de mais 10%.

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Uma consulta pública está em aberto para planejar a atualização de regras e a regularização da tabela do frete.

Contenção da greve

A atualização da tabela do frete é mais uma medida do governo Jair Bolsonaro para tentar conter a insatisfação dos caminhoneiros. A ação tem o objetivo de evitar uma nova paralisação da categoria.

Antes disso, o governo já havia  barrado o aumento de 5,7% no preço do diesel anunciado pela Petrobras. A medida gerou muitas críticas e dúvidas sobre a possibilidade de intervenção do governo nas empresas.

A estatal sentiu as consequências da medida. As ações da Petrobras caíram mais de 8% com o pedido do presidente, o que resultou na perda de R$ 32 bilhões em valor de mercado.

Pacote de medidas

Na última semana, o governo anunciou a criação de uma linha de crédito de até R$ 30 mil para caminhoneiros autônomos. O anúncio foi feito pelo ministro da Casal Civil, Onyx Lorenzoni.

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O crédito é concedido aos caminhoneiros autônomos via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

No total, R$ 500 milhões serão liberados nesta linha de crédito à categoria. Inicialmente, os caminhoneiros podem buscar o valor através dos bancos públicos, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Em um segundo momento, o valor será liberado  em outros bancos e cooperativas de crédito.

Só podem pegar o crédito caminhoneiros autônomos que tenha até dois caminhões.

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Além do reajuste da tabela do frete e do crédito de financiamento para os caminhoneiros, vai ocorrer também o investimento de R$ 2 bilhões em obras nas estradas. O objetivo é a conclusão de obras da BR-163, rodovia importante para a logística da produção agrícola da região do Centro-Oeste.

 

Beatriz Oliveira

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