Ícone do site Suno Notícias

Decisão que escolheu presidente interino da Petrobras (PETR4) irritou governo, diz coluna

Petrobras (PETR4) fecha venda de campos no Cear. Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Petrobras (PETR4). Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Após a renúncia do presidente da Petrobras (PETR4), José Mauro Coelho, o conselho de administração decidiu nomear Fernando Borges, diretor de Exploração e Produção, como presidente interino da empresa.

De acordo com a coluna de Lauro Jardim, do O Globo, a decisão irritou o governo.

A intenção era que o escolhido já fosse Caio Paes de Andrade, indicado do Ministério de Minas e Energia para substituir Coelho. O Palácio do Planalto preferia que Andrade fosse apontado como interino, para depois ser efetivado no cargo.

A indicação de Paes de Andrade já foi comunicada à estatal há quase um mês, o que daria tempo suficiente, segundo o Executivo, para que a burocracia resolvesse qualquer pendência previamente.

Indicação de Paes de Andrade à Presidência da Petrobras

A coluna afirma que o governo de Jair Bolsonaro (PL) trabalha atualmente com duas possibilidades para a eleição de Paes de Andrade.

A primeira, alternativa mais otimista, seria a nomeação ainda hoje após convocação de uma reunião de emergência do Conselho. A outra seria indicar Andrade entre quinta (23) e sexta-feira (24), no caso de o Conselho entender que seria necessário o Comitê de Pessoas da Petrobras resolver processos burocráticos que constam currículo de Paes de Andrade.

Um ministro de Bolsonaro, ao ser questionado a respeito de sua expectativa sobre a rapidez do processo, disse que “o correto era que a nomeação do Caio fosse feita hoje, mas não confio em mais nada do que sai ali da Petrobras: se não for hoje, será nesta semana.”

Outra fonte ouvida pelo colunista de o Globo foi um integrante do Conselho de Administração da Petrobras. Ele afirmou ter opinião semelhante sobre o prazo. “Até amanhã isso estará resolvido”, disse.

O ministro Adolfo Sachsida, das Minas e Energia, disse à coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, que Caio Paes de Andrade deve ser nomeado presidente da Petrobras  “em 2 ou 3 dias”. Mas, para que ele passe a ocupar o cargo definitivamente, a indicação precisa ter o aval do Conselho de Administração da Petrobras.

Lira diz que não há o que comemorar

Após a demissão de Coelho, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que “não há o que comemorar” em relação aos episódios recentes envolvendo a estatal, do reajuste à indicação do presidente interino da companhia após a saída de Coelho. Nesta tarde, o deputado vai se reunir com líderes partidários para discutir a política de preços da empresa.

Confira o que Lira disse em rede social:

 

Na semana passada, após o anúncio de um novo aumento nos preços dos combustíveis, Bolsonaro, Lira e o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, fizeram críticas à estatal, numa ação coordenada que também contou com a participação do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que pediu explicações sobre os critérios da política de preços da empresa.

Com a renúncia de Coelho, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sugerida por Bolsonaro para investigar o executivo e os diretores da Petrobras perdeu força. Mas os deputados ainda devem debater um projeto de lei que cria um fundo de estabilização dos preços dos combustíveis com recursos que viriam de um imposto sobre a exportação de petróleo.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

Sair da versão mobile