O presidente-executivo da EDP, António Mexia, e o CEO da subsidiária EDP Renováveis, João Manso Neto, foram afastados dos respectivos cargos por decisão da Justiça de Lisboa em meio à investigação sobre corrupção, segundo veículos locais.
A empresa é a maior acionista e controladora da EDP Energias do Brasil (ENBR3). Os dois executivos da EDP são suspeitos de participação em crimes de corrupção, conforme informações do Ministério Público. Além do afastamento, os diretores terão de realizar depósitos e não serão permitidos entrar nas instalações da companhia, assim como não poderão viajar para fora de Portugal.
Nesse sentido, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) do país suspendeu a negociação das ações duas companhias. A entidade regulatória também informou, por meio de comunicados publicados separadamente, que aguarda das duas empresas a divulgação de detalhes relevantes ao mercado.
Antes da medida, as ações da EDP registravam um queda de 2%, cotada a 4,36 euros; enquanto, os papéis da subsidiária se desvalorizavam em 1,4%, a 12,64 euros. O índice acionário de Lisboa operava próximo da estabilidade.
Ministério Público de Portugal denuncia executivos da EDP
O Ministério Público português denunciou, há cerca de três anos, os executivos Mexia e Manso Neto por suspeita de corrupção em caso de 2007. O incidente envolveu o ex-ministro da Economia de Portugal, Manuel Pinho. A companhia, bem os diretores e o chefe da pasta, sempre negaram ter havido qualquer irregularidade.
Saiba mais: EDP Brasil (ENBR3) entra em fase “moderadamente otimista”
Segundo publicações locais, como o “ECO” e o site semanário “Expresso”, a decisão de suspender os diretores da EDP com efeito imediato foi tomada pelo juiz Carlos Alexandre. O magistrado também é responsável por um caso de corrupção envolvendo o ex-primeiro-ministro José Sócrates.
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