Presidente da Caixa: liberação do FGTS dará acelerada na economia

O presidente da Caixa Econômica Federal declarou que a liberação do FGTS dará uma acelerada no crescimento econômico. Segundo Pedro Guimarães, os detalhes sobre essa operação serão divulgados até esta quarta-feira (24).

Segundo o presidente da Caixa, o pagamento do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) para mais de 100 milhões de pessoas será o desafio para o banco. O executivo assegurou que o banco vai atender também nos fins de semana. Guimarães concedeu a uma entrevista ao portal “NSC Total”.

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Em visita a Florianópolis, Balneário Camboriú e Joinville no último final de semana, Guimarães falou também sobre nova linha de crédito imobiliário e novo foco da Caixa.

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Prioridades da Caixa

Segundo o presidente do banco, as prioridades da instituição no governo do presidente Jair Bolsonaro são:

  • micro e pequena empresa
  • crédito imobiliário
  • crédito consignado
  • infraestrutura focada em saneamento
  • ações estruturantes

“Esse será nosso foco. E na parte de patrocínio, vamos mudar de grande clube de futebol para projetos sociais. Fazer parcerias com o Instituto Guga Kuerten, Instituto Ayrton Senna e outros”, explicou Guimarães.

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Sobre a renegociação de dívidas, o presidente da Caixa Econômica Federal disse que o banco tem dois programas nesse sentido. “Um é para dívidas em atraso há mais de um ano. Para essas dívidas de cartão de crédito, cheque especial, crédito consignado e crédito direto ao consumidor temos até 90% de desconto do valor total. Esse programa vai até o final do ano. Serão 3 milhões de pessoas e microempresas que serão beneficiadas”, explicou Guimarães.

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Segundo o presidente da Caixa, mais de 200 mil pessoas já renegociaram suas dívidas. Além disso, ele alertou sobre o risco de 600 mil famílias perderem sua casa por causa das dívidas.

Sempre falando sobre o crédito imobiliário, o presidente da Caixa salientou que o mercado será revolucionado. “Lançaremos o crédito imobiliário corrigido pela inflação, o IPCA ao invés da TR. A TR, que é a Taxa Referencial de Juros definida pelo Conselho Monetário Nacional”, explicou Guimarães, “Não há uma fórmula para isso. Então, em governos mais intervencionistas há sempre o medo do mercado de que o governo vai segurar a TR para evitar a inflação. Então você não consegue fazer no Brasil a securitização da carteira de crédito imobiliário”.

Liberação do FGTS

O governo federal tinha anunciado na última quarta-feira (17) a mudança na regras de liberação do PIS/Pasep e de contas do FGTS. A medida tem como objetivo estimular a economia nacional.

Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, estaria prevista a liberação de R$ 42 bilhões do FGTS. Para o PIS/Pasep estima-se cerca de R$ 21 bilhões.

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Os saques deverão ocorrer na seguinte proporção:

  • R$ 5 mil no FGTS, sacará 35% do saldo;
  • até R$10 no fundo, sacará  30% do total;
  • acima de R$ 50 mil, sacará 10%.

Os valores entre R$10 mil e R$ 50 mil no FGTS não tiveram o percentual definido. O calendário das datas de liberação seriam feito com base na data de aniversário de cada titular da conta.

De acordo com a Caixa Econômica Federal o valor disponibilizado poderia alcançar R$ 30 bilhões em três meses. Esse valor representa cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

A medida de impulsionar a economia por meio da liberação do fundo tem como objetivo repetir a operação do ex-presidente Michel Temer. Em 2017 o governo havia liberado recursos do FGTS alcançando valor total de R$ 44 bilhões, garantindo recursos extra para os titulares de contas inativas.

No entanto, naquela ocasião boa parte do montante do FGTS já tinha sido utilizada. Por isso, para liberar os R$ 30 bilhões previstos, o governo deverá utilizar quase o total do resto do montante.

Carlo Cauti

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