O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira (31) que a recuperação econômica, bem como a inflação, não é um movimento perfeitamente sincronizado, diferenciando-se de país para país.
Durante fórum organizado pelo governo federal para investidores internacionais, Campos Neto afirmou que países emergentes sofreram com a mudança da alocação de capital em meio aos riscos da pandemia na dívida pública e taxas de juros mais baixas, abrindo assim um déficit em relação aos países desenvolvidos com maior capacidade fiscal de estimular suas economias.
A exceção, observou o mandatário, foi a China, que seguiu absorvendo muito investimento.
Ao complementar o comentário, o presidente do BC também voltou a dizer que os alimentos têm peso maior sobre a inflação de países emergentes do que nas economias mais maduras.
“A forma como os países estão se recuperando não está acontecendo como o esperado (…). Cada país vai se recuperar de uma forma”, afirmou o presidente do BC, durante participação no do Fórum de Investimentos Brasil 2021 (BIF).
Investimento Direto no Brasil soma US$ 3,544 bi em abril, revela BC
Ainda em meio às incertezas sobre o futuro do Brasil, na esteira da segunda onda da pandemia do novo coronavírus, os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 3,544 bilhões em abril, informou nesta quarta-feira (26) o Banco Central. No mesmo período do ano passado, o montante havia sido de US$ 1,632 bilhão.
O resultado ficou dentro das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast, que iam de US$ 2,838 bilhões a US$ 5,500 bilhões, com mediana de US$ 5,000 bilhões. Pelos cálculos do BC, o IDP de abril indicaria entrada de US$ 4,9 bilhões.
No acumulado do ano até abril, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo somou US$ 21,253 bilhões. A estimativa do BC para este ano é de IDP de US$ 60 bilhões. Este valor foi atualizado no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
Com informações do Estadão Conteúdo