Presidente do Banco do Brasil (BBAS3) defende foco em evolução tecnológica ‘sem abrir mão das pessoas’

A presidente executiva (CEO) do Banco do Brasil (BBAS3), Tarciana Medeiros, avalia que a pandemia exigiu uma aceleração digital nas empresas, com uma rápida necessidade de adequação tecnológica.

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No entanto, a executiva do Banco do Brasil defende que é preciso focar nessa evolução, mas junto à atuação humana.

“Depois da pandemia, com a aceleração digital, houve a necessidade de se adequar rapidamente. Mas focamos na evolução tecnológica sem abrir mão das pessoas. Colocamos pessoas a serviço das pessoas”, disse Medeiros, durante painel no South Summit Brazil, em Porto Alegre, no período da manhã desta quinta-feira.

Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza (MGLU3), concorda. “O digital é uma cultura, não uma escolha. Mas temos que estar onde o cliente estiver, e nunca as pessoas foram tão importantes”, afirmou a executiva.

Ela comentou que o cliente se incomoda quando o contato no atendimento digital é apenas com robôs, por exemplo. “O atendimento é um diferencial, seja ele digital ou fisicamente. E o diferencial é a forma como a gente inova.”

Mas a tecnologia é vista como essencial para os negócios das duas empresas. “O Brasil tem o melhor sistema financeiro do mundo, nós vendemos e exportamos tecnologia bancária. No banco, temos alta capacidade de processamento; a cada 9 segundos, pelo menos 10 mil Pix são processados”, conta Medeiros.

Trajano, por sua vez, destaca que a varejista “precisa estar onde o cliente estiver”, inclusive com as lojas físicas. “Vamos continuar tendo loja física, isso não vai acabar, mas vai ter uma nova roupagem”, destacou.

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CEO do Banco do Brasil reafirma que ‘não vê risco de interferência do governo’

Ainda nesta semana a presidente do Banco do Brasil voltou a negar a possibilidade de interferência do Governo Federal na companhia durante o evento Bloomberg New Voices, na terça (19). A executiva declarou que ‘não vê esse risco’ no momento atual.

“Estou no banco há 24 anos e vi a evolução da governança 24 vezes. O banco tem uma característica diferente, somos uma empresa do sistema financeiro, temos questões de regulação. O mercado financeiro é um mercado muito bem regulado”, declarou a CEO do Banco do Brasil.

Os questionamentos vieram após uma série de estocadas do governo em direção à Petrobras (PETR4) e à Vale (VALE3) nas últimas semanas, e após o presidente Lula (PT) dizer em entrevista ao SBT que “é possível” fazer com que esses bancos públicos baixem as taxas para forçar os rivais privados fazerem o mesmo.

A executiva do BB destacou que é mais simples explicar esse ponto aos investidores locais, ao passo que é necessário reafirmar os resultados do banco para os investidores estrangeiros.

Tarciana Medeiros também declarou que o Banco do Brasil “tem ROE acima de 20% e espera mantê-lo acima de 20%”.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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