O presidente do Ant Group, Simon Hu, pediu demissão em meio à reestruturação que a companhia vem passado. A informação foi revelada pela fintech, nesta sexta-feira (12).
A Ant Group, filiada do Alibaba Group, está renovando seu negócio após ter chegado a um acordo com os reguladores da China. A oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da empresa, que poderia ser o maior da história, acabou sendo cancelado por conta do entrave com o governo chinês.
“O Conselho de Administração do Ant Group aceitou o pedido de renúncia de Simon Hu, por motivos pessoais”, informou a companhia em nota. “Somos gratos a Simon pelos esforços que fez em nossa empresa.”
O chairman da instituição, Eric Jing, assumirá a liderança da companhia enquanto não for decidido o novo presidente-executivo. Jing afirmou aos colaboradores da empresa que Hu dedicará seus esforços ao trabalho filantrópico
Hu será responsável pela área filantrópica e de responsabilidade social tanto no Ant como no Alibaba, de acordo com pessoas que viram o memorando, segundo o jornal The Wall Street Journal.
Reestruturação fará com que Ant Group se torne um banco
Desde o cancelamento da abertura de capital, em novembro do ano passado, ficou decidido que seria necessário o desmembramento do Ant. Todas as unidades de negócio da empresa, inclusive a focada em tecnologia, seriam realocadas para uma holding.
Assim, a empresa ficaria mais parecida com um banco do que com uma empresa de tecnologia. Dessa forma, a holding teria de atender demandas implementadas pelo Banco Popular da China.
Em setembro, Pequim já havia sinalizado que gostaria que empresas como o Ant criassem controladoras para os seus braços. A mudança, todavia, pode ter sido adiantada por conta das divergências entre Jack Ma, bilionário e fundador do Alibaba, e o governo chinês. O executivo chegou a ficar quatro meses fora dos olhares públicos após o acontecimento.
Hu ingressou na empresa em 2005, através do Alipay, negócio de pagamentos em torno do qual o Ant Group foi posteriormente construído. O aplicativo, um dos braços do grupo, tem mais de 700 milhões de usuários mensais que o usam para realizar pagamentos, fazer empréstimos e gerenciar seus recursos.