O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB-SP), irá pedir uma autorização da Anvisa para que a gestão municipal possa adiantar a dose de reforço da vacina contra a Covid-19.
Atualmente, o intervalo entre a última dose da vacina da Covid-19 e a dose de reforço é de cinco meses – ao passo que Nunes que encurtar esse intervalo para quatro meses. O comité científico do estado de São Paulo também será consultado.
A informação da decisão sobre a gestão da pandemia foi revelada pelo secretário de saúde de São Paulo, Edson Aparecido, no “Ponto a Ponto”, programa da BandNews TV.
No programa, o secretário de SP frisou que alguns países da Europa já reduziram o intervalo diante do surgimento de uma nova variante do vírus, a Ômicron.
Ainda na quarta (1º) foi confirmado o terceiro caso da nova variante em solo brasileiro, sendo um passageiro que chegou ao Aeroporto de Guarulhos, vindo da Etiópia.
Segundo Aparecido, a redução no intervalo da dose de reforço deve ajudar a evitar uma nova onda de Covid-19 no município, considerando a retomada da alta de casos em diversos países – especialmente na Europa, atual epicentro segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Será uma medida em caráter extraordinário, considerando o cenário internacional, a época do ano, a nova cepa e características demográficas da capital”, disse o responsável pela pasta da saúde na cidade de São Paulo.
Além do terceiro caso, os outros dois infectados que tiveram confirmação anteriormente foram um casal que mora na África do Sul e veio ao Brasil.
O secretário destacou que os cinco parentes que tiveram contato com o casal fizeram o teste e tiveram resultado negativo para a Covid-19.
SP começou dose de reforço no fim de novembro
Ainda na terça-feira (30) os enfermeiros da secretaria de saúde começaram a aplicar a vacina da Pfizer contra a Covid-19 como dose de reforço para quem recebeu a primeira dose de Janssen.
Segundo a normativa da Prefeitura, qualquer pessoa maior de 18 anos que tomou a vacina da Janssen há pelo menos dois meses, será vacinada com a Pfizer a partir da terça.
Ainda no dia 16 de novembro o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que os vacinados com Janssen tomariam uma “segunda dose” e ainda receberiam uma dose de reforço, o que totalizaria três aplicações de imunizante para o grupo.
Posteriormente, a pasta do Governo Federal esclareceu em nota técnica divulgada na quinta (25) que recomenda que as pessoas vacinadas com o imunizante da Janssen recebam uma dose de reforço de dois a seis meses após a primeira aplicação da vacina.