Preços das passagens aéreas devem diminuir no final do ano, diz ministro

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse que os preços das passagens aéreas devem diminuir no final deste ano. A declaração ocorreu nesta quinta-feira (8) durante um evento do BTG Pactual.

A redução nos preços das passagens aéreas será motivada principalmente pela entrada de novas empresas no mercado aéreo nacional. Além disso, o ministro falou sobre o maior investimento em outras companhias, como a Azul e a Gol, como causas para a queda dos preços.

“Estamos equacionando a questão dos slots nos aeroportos saturados em função da Avianca. Em Congonhas, a gente já está mexendo nisso. Tudo levar a crer que vamos começar a observar já no fim do ano uma redução do preço da passagem”, declarou Tarcísio de Freitas.

Em maio deste ano, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu os voos e operações da Avianca. A suspensão causou uma crise no mercado aéreo nacional, fazendo com que os preços dos tickets aumentassem. A aérea está em recuperação judicial desde dezembro do último ano.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta quinta que o preço das passagens aumentou 18,63% em julho.

Preço do combustível

Como outra forma de contribuir para a diminuição dos preços, Tarcísio ressaltou que pretende reduzir o preço do combustível.

“Estamos negociando, conversando ou sensibilizando vários governadores para fazer a redução do ICMS sobre querosene de aviação. Isso tem de estar atrelado com contrapartidas, que são mais voos”, afirmou o ministro.

Nos últimos meses, o preço do querosene aumentou. Um dos motivos para isso foi a desvalorização do real em referência ao dólar.

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Novas companhias aéreas no País

Após a crise da Avianca, diversas empresas low-cost (de baixo custo) demonstraram interesse em atuar no mercado aéreo nacional. No último mês, o ministro da Infraestrutura já havia ressaltado que três ou quatro companhias irão ingressar no País.

“Temos empresas se estabelecendo no Brasil, com autorização na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas até serem operacionais há um caminho, que deve levar entre seis e oito meses”, afirmou Tarcísio.

Saiba mais: Aérea argentina low-cost Flybondi é autorizada a operar no Brasil

No entanto, já existem quatro companhias de baixo custo autorizadas a funcionar no Brasil. No mês passado, a aérea argentina Flybondi foi autorizada a atuar no Brasil pela Anac.

A primeira empresa a conseguir a licença foi a chilena Sky Airline. Logo após, as companhias europeias Norwegian e Air Europa também foram autorizadas a atuar.

A redução nos preços das passagens aéreas foi estimada somente para o final do ano, pois as novas empresas devem levar alguns meses para começar a atuar.

Giovanna Oliveira

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