Segundo levantamento da ValeCard, empresa de meios de pagamento, o preço da gasolina apresentou um recuo de 0,10% em setembro.
O levantamento do preço da gasolina foi feito entre os dias 1 e 26 de setembro em 25 mil postos, e a queda é referente a comparação com mesmo período do mês anterior.
A ValeCard ainda apurou que o preço do diesel S-10 caiu 0,24%, ao passo que o etanol apresentou avanço de 0,38%.
Essa alta do etanol supera o índice geral da prévia da inflação de setembro revelado na última semana pelo IBGE – considerando a variação de 0,13% do IPCA-15.
Enquanto isso, a gasolina teve variação em linha com a variação do segmento de transportes dentro do índice, que foi de 0,08%.
“Ao longo de setembro, notamos variações sutis nos preços dos combustíveis, em contraste com os meses anteriores. Essa dinâmica foi influenciada por diversos fatores, incluindo a estabilidade do petróleo tipo Brent, que se manteve em torno de US$ 82 por barril”, analisa Brendon Rodrigues, Head de Inovação e Portfólio da ValeCard.
“Desde julho, a Petrobras (PETR4) não anunciou novos ajustes nos preços. No entanto, é crucial ressaltar que essa situação é variável e pode flutuar conforme mudanças nas demandas futuras, influenciadas por fatores internos e externos, como eventos geopolíticos e ajustes fiscais”, completa.
O quanto a Petrobras influencia o preço da gasolina?
Atualmente o preço da gasolina no Brasil, na média, é de R$ 6,09 por litro.
O impacto o qual a Petrobras é ‘responsável’ é de pouco mais de um terço desse valor, de 36,1% – ou seja, o ‘peso’ da Petrobras no valor final é de R$ 2,20.
Isso, segundo cálculos da estatal a partir de dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da CEPEA/USP.
O segundo fator que mais influencia o preço da gasolina é o Imposto Estadual, responsável por 22,5% do valor final. Logo em seguida aparecem Distribuição e Revenda (17,7%), Custo Etanol Anidro (12,3%) e Impostos Federais (11,3%). Ou seja, se somados, o peso dos impostos é de cerca de 33,8% do valor total.