Prada não produzirá mais peças de roupa com peles de animais
A grife italiana Prada anunciou nesta quarta-feira (22) que a produção das próximas coleções e produtos não contará com o uso de peles de animais. A primeira coleção sem pelos provindo de animais será a feminina primavera/verão 2020. Entretanto, os produtos que contém peles de animais em estoque serão vendidos até serem esgotados.
“O foco em materiais inovadores permitirá à empresa explorar novos limites do design criativo. E, assim, atender à demanda por produtos éticos”, disse co-CEO Miuccia Prada, conforme a “Agência EFE”.
Segundo a co-CEO, a nova conduta da Prada é decorrente de um “diálogo positivo” com a Fur Free Alliance (FFA).
O que dizem os ativistas
A FFA é uma coalizão de mais de 50 organizações de proteção animal, advindas de mais de 40 países. Duas entidades norte-americanas que se destacam do conjunto:
- a LAV, responsável pelo projeto responsável pelo projeto “Animal Free Fashion”;
- e a Humane Society.
Brigit Oele, gerente de programas da Fur Free Alliance (FFA), afirmou à agência que a negociação com a marca italiana teve início há pouco mais de um ano.
“A decisão do Grupo Prada de não utilizar mais pelo é consistente com o novo conceito de luxo ético. E atende às expectativas de novos consumidores que são mais cuidadosos na escolha de produtos sustentáveis, que respeitem o meio ambiente e os animais”, declarou Simone Pavesi, gerente da área de moda da LAV.
Joh Vinding, presidente da Fur Free Alliance, acredita que, o número crescente de empresas da moda que estão cortando o uso de peles animais da produção é uma resposta às mudanças de atitude dos consumidores em relação aos animais.
Em abril de 2016, a ONG de proteção animal Peta chegou a comprar ações da Prada para participar de assembleias de acionistas. Assim, a ONG encontrou um meio de protestar contra o uso de couro de filhotes de avestruz em bolsas.
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Urban Outfitters terá negócio com empréstimo de roupas
A Urban Outfitters, empresa varejista de moda dos Estados Unidos da América (EUA), anunciou também nesta quarta-feira que estreará no mercado de aluguel de roupas. As informações são da revista “Exame”.
Por US$ 88 por mês, o serviço permitirá ao cliente fazer empréstimo de seis itens. As marcas da Urban Outfitters estará à disposição, além de redes parceiras, como Gal Meets Glam e Reebok.
As peças de roupas serão escolhidas no site da companhia pelos consumidores. E deverão ser devolvidos pelos clientes após um mês de uso. A empresa estará encarregada da limpeza dos itens, antes de colocá-los novamente à disposição dos clientes.
O modelo de negócio da Urban Outfitters se chamará “Nuuly“. A frente será liderada por David Hayne, filho do fundador e CEO da controladora, Richard Hayne.
Os idealizadores do projeto possuem meta de chegar a 50 mil assinantes, e R$ 50 milhões de faturamento anual. Isto já no primeiro ano de operação da Nuuly.
Ações da Prada e da Urban Outfitters caem após anúncios
A Prada tem listagem na Bolsa de Valores de Hong Kong (China). Após o anúncio, as ações encerraram com queda de 4,72% a 22,20 dólares de Hong Kong. Por sua vez, a Urban Outfitters, listada na Nasdaq (EUA), tinham queda de 9,13% a US$ 24,54 às 14h47 (horário de Brasília).