PP deve “trabalhar para que não se vote” a Previdência nesta semana

O presidente do PP, Arthur Lira (AL), apareceu em vídeo publicado na conta do Twitter da Câmara, nesta terça feira (24), afirmando que seu partido iniciaria os trabalhos para atrasar a votação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, agendada para a próxima quarta-feira (26).

“Da parte do meu partido – não posso falar pelos outros – nós vamos trabalhar para que não se vote [a reforma da Previdência], claro, nesta semana”, disse Lira na rede social.

O vídeo foi postado após reunião de Lira com os deputados:

  • Wellington Roberto (PL-PB);
  • e Paulinho da Força (SP), presidente do SD.

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Os três deputados são integrantes de partidos do chamado “Centrão“, que ainda inclui ainda o DEM e o PRB, dentre outros.

“Tem muitos assuntos ainda do documento que assinamos lá em março que ainda constam no relatório do relator e é importante que, principalmente esses que nós assinamos a intenção de retirar do texto, sejam retirados na sua plenitude”, completou Lira.

Conforme o líder do PP, ainda estão no parecer do relator da comissão especial, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), pontos polêmicos. Como dispositivos que tratam da aposentadoria rural e do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

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Assim, na visão do deputado, retirar os pontos do documento evitaria “surpresas” e “pegadinhas” no plenário.

Não há “clima” para votar Previdência

Os líderes do “Centrão” estariam combinando nos bastidores o adiamento da reforma da previdência. De acordo com os mesmos, não há “clima” para votar a proposta na comissão especial da Câmara nesta semana. A informação é da “Crusoé”.

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Maia está preocupado com estados e municípios

Em paralelo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), preocupa-se com a inclusão dos estados no parecer da reforma da Previdência. O líder da Câmara também considera um possível adiamento.

“Nessa reta final, um dia ou dois não fazem diferença, mas deixar os governadores fora [da reforma da Previdência], fará uma diferença brutal nos próximos dez anos. Então, é melhor ter um pouco de paciência. O ideal é votar nesta semana, se não, no máximo, na próxima terça-feira. Mas o adiamento só vale a pena se a gente tiver a clareza que tem espaço para negociar essa matéria com governadores e prefeitos”, disse Maia.

Amanda Gushiken

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