Possibilidade de recessão na Alemanha é agravada por queda na indústria

A demanda mais fraca do exterior pode levar a Alemanha a uma recessão no terceiro trimestre.

Em julho, as encomendas à industria alemã foram menores do que o estimado. A economia da Alemanha, a maior da Europa, é muito dependente de exportação e está sendo impactada pelo crescimento global mais devagar, pelo protecionismo norte-americano e a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

Em julho, os bens produzidos na Alemanha apresentaram queda de 2,7% em comparação ao mês anterior, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (5) pelo ministério da Economia. Esse resultado é puxado por uma grande queda nas encomendas de países que não fazem parte da zona do euro.

Os analistas consultados pela Reuters esperavam um resultado também negativo, porém, menor. Era esperada uma retração de 1,5%.

Produção e PIB da Alemanha

“A miséria na fabricação continua. O declínio de novos pedidos aumenta significativamente o risco de uma recessão para a economia alemã”, afirmou o analista do VP Bank, de Liechtenstein, Thomas Gitzel.

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O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha diminuiu 0,1%, em relação ao primeiro trimestre do ano, confirmando o valor previsto por especialistas em meados de agosto.

Saiba mais: Dados oficiais confirmam contração de 0,1% no PIB da Alemanha do 2º tri

No comparativo com o mesmo período de 2018, porém, o PIB alemão do segundo trimestre deste ano teve uma alta de 0,4%. Além disso, a indústria automobilística também tem influenciado negativamente na economia alemã, isso porque ouve uma queda significativa nas exportações. As vendas externas caíram devido aos impasses com o Brexit e a demanda abaixo da média da China.

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O ministério da Economia afirmou que as novas encomendas de manufatura reportaram um início lento no terceiro trimestre, fazendo com que as perspectivas para o setor sejam alarmantes.

O governo da Alemanha estima que o crescimento econômico do país desacelere para 0,5% em 2019, frente ao crescimento de 1,5% ano passado. Esta seria a pior taxa de crescimento anual desde 2013, quando a zona do euro passava por uma crise da dívida soberana.

Jader Lazarini

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