A Positivo (POSI3) foi declarada vencedora de uma licitação de R$ 799,9 milhões para a compra de 180 mil urnas eletrônicas. A informação foi revelada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite da última quinta-feira (23).
Aproximadamente 54 mil urnas eletrônicas da Positivo serão adquiridas ainda neste ano ao custo de R$ 241 milhões. No entanto, devido a problemas no processo de entrega, não serão utilizados nas eleições municipais de novembro, somente em 2022.
Segundo o tribunal, os equipamentos a serem fabricados não serão aproveitados nas votações deste ano, pois “não há mais tempo hábil para fabricação e programação”. Atualmente, o TSE possui um parque de 470 mil urnas, número considerado suficiente pela área técnica para a realização das eleições deste ano. A última vez que o tribunal adquiriu novos aparelhos foi em 2015.
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A licitação foi instaurada para substituir urnas utilizadas nas eleições de 2006 e 2008, e que, por serem consideradas ultrapassadas, não podem mais ser utilizadas.
O contrato vencido pela empresa foi alvo de uma intensa disputa com um consórcio formado pelas empresas Diebold e Smartmatic. O desfecho da licitação havia sido adiado, em razão do maior número de participantes e devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Para a conclusão da licitação, os protótipos foram testados no que se refere à autonomia de bateria, ao padrão de impressão de relatórios e à inviolabilidade a invasões hacker das máquinas, entre outros critérios. Além de receber uma nota maior no processo de análise, 8.127 contra 7.875, a Positivo também ofertava o menor custo, visto que a parceria Diebold-Smartmatic cobrava R$ 1,7 bilhão pelas urnas.
Segundo o edital aberto no ano passado, as novas máquinas devem ter um desing moderno, com funcionalidades ergonômicas que otimizem o processo de votação e reduzam os riscos de o eleitor cometer equívocos no momento de votar.
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O contrato firmado foi acertado pelo atual presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, em comum acordo com os próximos ministros que assumirão a coordenação do tribunal – Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
Em função do anúncio do resultado da licitação, as ações da Positivo chegaram a subir 7% na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) na manhã desta sexta-feira.
