Positivo (POSI3) sobe 5,29% após parceria com a Infinix para lançar smartphones no Brasil
A Positivo Tecnologia (POSI3) fechou uma parceria com a fabricante chinesa de celulares Transsion Holdings para lançar no Brasil os smartphones da marca Infinix, informou a brasileira nesta segunda-feira (25).
Com isso, a Positivo passa a fabricar os aparelhos em Manaus (AM) e entra na linha de smartphones intermediários e premium acessíveis para competir com concorrentes como Samsung, Motorola e Xiaomi.
A notícia movimentou as ações da Positivo na Bolsa de Valores. Na máxima intradia, os papéis da empresa chegaram a valer R$ 10,09, subindo mais de 7%. Fecharam com alta de 5,29%.
A Positivo prevê um investimento de R$ 50 milhões em produção local da nova linha, nos próximos três anos. O primeiro aparelho já disponível para venda é o Note 10 Pro, com preços de R$ 1.499 (128 GB) e R$ 1.699 (256 GB). Em janeiro, a empresa amplia a linha de fabricação de smartphones da Infinix com um potencial de 30 novos modelos.
Até lá, o Infinix Note 10 Pro vai concorrer diretamente com o Motorola Edge e o Samsung A72. Os diferenciais trazidos pela Positivo são a oferta de dois anos de garantia e preço R$ 500 mais acessível. Além disso, o aparelho recebeu este ano o prêmio iF Design Award, um dos principais da categoria de design no mundo.
A Positivo quer brigar pela fatia de mercado deixada pela LG Electronics, que encerrou a produção local de aparelhos em julho deste ano. A fabricante sul-coreana de eletroeletrônicos anunciou, em abril, que deixaria o mercado global de smartphones.
“Estávamos buscando um parceiro para smartphones há muito tempo, um mercado que está dividido hoje entre dois players de fabricação nacional“, disse o presidente da Positivo Tecnologia, Hélio Rotenberg, referindo-se à Samsung e à Motorola.
De olho na temporada de festas
O momento é estratégico para o anúncio de lançamento do Note 10 Pro no Brasil. Rotenberg garantiu que, como a escassez de chip no mercado já ocorre há algum tempo, a Positivo procurou se preparar para o lançamento e não vai faltar produto tanto para a Black Friday (26 de novembro), quanto para o Natal.
Uma equipe de 50 engenheiros da Transsion passou seis meses no Brasil para desenvolver o produto. A Positivo não informa o investimento ou a duração da parceria com a chinesa, mas será de longo prazo, segundo Rotenberg.
A Transsion tem forte atuação em mercados emergentes, segundo a Positivo. Na Rússia, a marca conquistou 8% do mercado em dois anos e, na Índia, 12% em cinco anos. “A gente não vem pra brincar, é um lançamento transformacional para a Positivo”, ressalta o presidente da companhia.
Cotação da Positivo nesta segunda (25)
A notícia da parceria movimentou as ações da Positivo nesta segunda. Às 15h05, a cotação da fabricante operava em alta de 6,26%, valendo R$ 9,84 na bolsa de valores.
Nos últimos 12 meses, os papéis da Positivo acumulam 122,5% de alta, sendo negociados a R$ 16,03 na máxima e a R$ 3,80 na mínima.