Positivo (POSI3) deve sair do Ibovespa em 2023, dizem analistas
Após ficar um ano fazendo parte da composição do Ibovespa, a ação da Positivo (POSI3) pode ficar de fora no ano de 2023, segundo projeções do Itaú BBA em relatório divulgado nesta sexta-feira (18).
Essa é a mesma opinião da XP, que também espera que a Positivo seja excluída do Ibovespa no próximo rebalanceamento.
“De acordo com nossas projeções, Positivo é um candidato com alta probabilidade de sair da composição, já que o Índice de Negociabilidade (IN) da ação superou o limite de 90% por uma margem ampla em nossas simulações”, diz a XP.
Apesar de algumas empresas como Eztec (EZTC3), EcoRodovias (ECOR3) e CSN Mineração (CMIN3) também estarem próximas de serem excluídas do Ibovespa, o Itaú BBA acredita que essas devem continuar no ano que vem.
Além disso, mesmo com a possibilidade de saída da Positivo do Ibovespa, o Itaú BBA prevê que nenhuma ação deve ser incluída no índice no início de 2023.
Os analistas da instituição destacam que CBA (CBAV3), Auren (AURE3) e Movida (MOVI3) possuem potencial para ingressar no Ibovespa, embora não pensem que isso vá ocorrer em janeiro do ano que vem.
Outras companhias podem ter sua participação reduzida, caso da Vale (VALE3) e Weg (WEGE3). Em contrapartida, a previsão é de que as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) tenham seu peso aumentado no Ibovespa.
A participação da Vale no Ibovespa pode passar de 18% para 16,4%, já o peso da Weg pode ser diminuído de 2,7% para 2,5%.
Para as ações da Petrobras, a expectativa é de que o percentual de participação no principal índice de ações brasileiro passe de 4% para 5,2%.
Quais critérios a Positivo precisa seguir para se manter no Ibovespa?
Atualmente, o Ibovespa conta com 92 ações, sendo que cada uma delas tem um peso diferente. O percentual de participação no índice é anunciado pela B3 diariamente. Eventuais entradas e saídas são analisadas a cada quadrimestre. Os percentuais de cada ação também são revisados nesse mesmo período.
Para fazer parte do Ibovespa ou continuar fazendo parte do índice, as empresas precisam estar de acordo com alguns critérios, como:
- Ter regularidade na negociação de ativos, ou seja, estar presente em pelo menos 95% das sessões.
- Não estar em processo recuperação judicial.
- Não ser uma penny stock, nome utilizado para as empresas negociadas a menos de R$ 1,00.
- Ter representação de pelo menos 0,1% do volume total negociado durante os últimos 12 meses.
Vale destacar que os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) também não podem compor o Ibovespa.
A grande vantagem das empresas de participarem do Ibovespa é a maior exposição que elas terão na Bolsa de Valores. Assim, a tendência é que a empresa tenha um aumento no volume de negociação de suas ações quando a data de divulgação do rebalanceamento está mais próxima.
Cotação da Positivo nesta sexta (18)
As ações da Positivo, negociadas sob o ticker POSI3, encerraram a sessão de hoje em baixa de 3,58%, a R$ 8,88. Na semana, a empresa acumulou um desempenho de -5,33%.