A Positivo (POSI3) reverteu o prejuízo de R$ 8,6 milhões registrado no segundo trimestre de 2020 com seu novo resultado trimestral, divulgado no fim do pregão desta terça-feira (10). A companhia anotou um lucro líquido de R$ 51 milhões no acumulado do segundo trimestre, com a receita líquida crescendo 88,5%.
Segundo o resultado da Positivo, a receita líquida saltou de R$ 416 milhões para R$ 785 milhões, ao passo que o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado saltou 1.138%, saindo de R$ 8,2 milhões para R$ 101,9 milhões.
A administração ressalta que o trimestre foi marcado pelo avanço da companhia “no seu processo de transformação com diversificação de receitas, ancorada pela continuidade da forte demanda por hardware em todos os seus segmentos de atuação”.
“A forte demanda por hardware vem trazendo o mercado brasileiro de computadores para o patamar de aproximadamente 8 milhões de unidades ao ano, em linha com o crescimento global suportado pelas mesmas tendências consolidadas pelo forte, e certamente permanente, adoção dos modelos híbridos de trabalho e escola que impactaram significativamente o padrão de uso e consumo de notebooks, principalmente, além de desktops e servidores. No seu core de computadores, a Positivo consolidou um market-share de 16% no varejo nacional”, afirma.
Com os números, a empresa de informática destaca uma maior penetração do seu portfólio em todos os segmentos de consumo. A companhia, atualmente, mantém marcas como o Vaio, Compaq, e Quantum.
Dividindo seu volume de vendas em três segmentos (consumidor, corporativo e instituições públicas, com o primeiro sendo o mais relevante) a companhia destaca um crescimento de 232% no canal de pequeno varejista, citando vendas emblemáticas como a da Smart Lâmpada Wi-Fi da Positivo Casa Inteligente, que foi o produto mais vendido do Amazon Prime Day, ocorrido em junho.
No longo prazo, Positivo vê impulso da digitalização
Sobre o acumulado do semestre, a companhia cita perspectivas futuras que incluem influência da digitalização impulsionada pela pandemia.
“Após um primeiro semestre pontuado por números históricos e crescimento dos principais indicadores operacionais e financeiros da Companhia, a Positivo Tecnologia segue experimentando uma forte demanda em todas as suas Unidades de Negócio, consolidando um novo patamar em seu setor, o que contribuirá para acelerar seu processo de Transformação com a continuidade de seus investimentos nas chamadas ‘Avenidas de Crescimento'”, diz.
“Além disso, o segundo semestre nos traz um otimismo maior reforçado pela tendência histórica de uma maior demanda (média histórica dos últimos três anos demonstra uma concentração de aproximadamente 55% da Receita anual no segundo semestre)”, segue.
Ao longo dos seis primeiros meses, foram R$ 1,045 bilhão de receita bruta vindo do consumidor, ante R$ 279 milhões de clientes corporativos e R$ 425 milhões de instituições públicas.
XP vê valorização acima de 30%
No seu último relatório sobre o ativo ainda antes da publicação do balanço, no fim de julho, a XP Investimentos deu recomendação de compra com preço-alvo de R$ 16 por ação para o final de 2021 – o que implica em alta de 32% ante o preço de fechamento anterior.
A recomendação foi mantida com o novo relatório, sobre os resultados da companhia, que vieram acima das expectativas da XP, que prevê “uma reação positiva do mercado, já que a empresa reportou um crescimento sólido e acima das nossas estimativas nas vendas e na lucratividade”.
“Após um 1S21 marcado por números históricos e crescimentos nos principais indicadores operacionais e financeiros da companhia, a empresa reforçou sua confiança na continuidade dessa tendência para o 2S21 já que historicamente cerca de 55% da receita anual está concentrada no segundo semestre”, consta no último relatório.
Cotação de POSI3
Na abertura de mercado do pregão desta quarta-feira (11), a Positivo sobe 2,71% no intradia, cotada a R$ 12,80. No acumulado anual, os papéis da companhia já tiveram alta de mais de 150%.
Notícias Relacionadas