O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas afirmou que o governo vai realizar a privatização do Porto de Santos antes de terminar o mandato.
“Até o fim de ano, vamos fazer a privatização do Porto de Santos”, assegurou o ministro, após citar investimentos da ordem de R$ 30 bilhões que estão sendo realizados no complexo portuário.
Seguindo o roteiro de inauguração de obras antes de deixar o cargo para concorrer ao governo de São Paulo, Tarcísio esteve na noite desta sexta-feira na capital paulista para participar da entrega do novo sistema de segurança a pousos e decolagens no Aeroporto de Congonhas.
Após apresentações técnicas sobre a tecnologia de blocos de concretos que forçam a desaceleração do avião quando a aeronave sai da pista, evitando acidentes mais graves, Tarcísio fez um discurso breve no qual alternou momentos em tom de despedida, com agradecimentos à sua equipe no ministério, e de exaltação às realizações à frente da pasta.
“O governo está no seu último ano e, com o menor orçamento de todos os tempos, executou muitas obras“, declarou Tarcísio. Só no ano passado, lembrou, foram 108 obras entregues, “sem alardes”.
Também procurou colocar sua gestão em contraste com as de governos anteriores. “Quantas vezes a gente se acostumou a ver escândalos em obras públicas. A gente não vê mais isso”, comparou Tarcísio.
Santos Brasil diz que não teme concorrência do Porto de Santos, mas estuda ativo
Ainda na primeira quinzena de março, o diretor financeiro da Santo Brasil (STBP3), Daniel Dorea, disse que a companhia não tem problema com concorrência no Porto de Santos, mas esta precisa ser equilibrada.
A fala foi feita em teleconferência, ao ser questionado por um analista sobre a possível participação de Maersk e MSC no leilão do terminal de contêineres STS10.
“A consulta pública está aberta, certamente muitas contribuições serão encaminhadas, e nós, enquanto Santos Brasil, não temos problema algum com competição. Agora, precisa ser equilibrado, o campo de jogo precisa ser nivelado”, disse.
“É uma discussão em nível mundial. Derivada da verticalização [das empresas de navegação], há uma preferência dada a termina ais dos armadores. É uma discussão técnica, com dados factuais e paradigmas globais. Tenho certeza de que a agência reguladora e órgãos antitruste irão analisar, e o próprio governo promoverá um leilão equilibrado, com disputas balanceadas. Essa é nossa posição”, acrescentou.
Ele confirma o interesse da companhia em estudar o ativo do Porto de Santos e diz que o tema da restrição à participação dos armadores tem que ser analisado com cuidado.
Com Estadão Conteúdo