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É hora de investir no agronegócio, setor que movimenta 25% da economia brasileira; veja opções

Agronegócio. Foto: Unsplash.

Agronegócio. Foto: Unsplash.

O agronegócio tem sido um dos principais motores do crescimento econômico do Brasil, representando atualmente cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse setor é, portanto, de enorme importância para a economia brasileira.

Além de seu impacto significativo no mercado interno, o agronegócio brasileiro eleva o país a uma posição de destaque global. O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de commodities agrícolas, liderando na produção de soja, milho, café, açúcar, carne bovina e frango.

O clima tropical e a geografia favorável são fatores-chave que impulsionam a liderança do Brasil na exportação de diversas frutas. A vasta extensão territorial do país também permite uma grande variedade de atividades agrícolas.

Consequentemente, o agronegócio no Brasil é marcado por sua diversidade e capacidade de adaptação. O país é capaz de cultivar uma ampla gama de culturas e criar várias espécies animais, fortalecendo suas exportações e consolidando sua posição como líder global no setor.

De acordo com Amanda Coura, analista da Suno Asset, o setor agropecuário continua apresentando um potencial de crescimento significativo, demandando investimentos substanciais para sustentar sua expansão. Com os investimentos bancários cada vez mais restritos e não acompanhando o ritmo de crescimento do setor, o mercado de capitais continuará sendo crucial para suprir essa demanda.

Investir nesse segmento pode ser altamente lucrativo. Por isso, muitos investidores estão em busca das melhores oportunidades, veja a seguir algumas opções. 

Agronegócio: veja algumas opções para começar a investir

LCA

A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) é uma oportunidade de investimento em renda fixa, emitida por instituições financeiras como bancos. Este título privado funciona como um empréstimo, levantando recursos para financiar projetos relacionados ao agronegócio.

Ao investir em uma LCA, o investidor empresta seu capital à instituição financeira, que utiliza esses recursos para oferecer financiamentos a empresas do setor. Em troca, o investidor recebe seu capital de volta acrescido de juros no vencimento do título.

CRA

O Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) é outra forma de investir no agronegócio via renda fixa, mas possui diferenças importantes em relação à LCA.

Enquanto as LCAs são emitidas por bancos, os CRAs são emitidos por empresas securitizadoras com base em operações de cessão de direitos creditórios.

Ações

Para quem prefere renda variável, uma opção é investir em ações de empresas do setor agroindustrial na bolsa de valores brasileira (B3). Ao comprar ações, o investidor se expõe ao desempenho dessas empresas. Se elas tiverem bons resultados, a valorização das ações pode gerar ganhos significativos.

Fiagros

Os Fundos de Investimentos nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagros) são outra alternativa para investir no agronegócio via B3. Criados em 2021, esses fundos captam recursos para financiar projetos diversos no setor agroindustrial, como a aquisição de terras, maquinário, insumos, tecnologia e infraestrutura.

Os Fiagros são geridos por profissionais, e os investidores compram cotas para participar do fundo, pagando uma taxa de administração pelo serviço.

Atualmente, existem três tipos principais de Fiagros:

Por que vale a pena investir no agronegócio?

Segundo Vitor Duarte, o agronegócio brasileiro possui inúmeras vantagens competitivas, especialmente em relação aos avanços tecnológicos, como mecanização e melhorias no solo. Esses fatores tornam o setor mais rentável e menos arriscado em comparação com outros países.

“Os setores menos competitivos estão mais sujeitos a crises, como destruição de valor e perda permanente de capital. Quando você investe em mineração e petróleo, obviamente comprando a preços corretos, você está se protegendo muito. E a regra número um dos investimentos é não perder dinheiro. A regra número dois dos investimentos é não esquecer da regra número um. Ao escolher um setor com vantagens competitivas, você diminui a chance de errar,” afirma Duarte.

Além disso, o diretor de agronegócio da Suno, Octaciano Neto, observa uma democratização significativa promovida pelo mercado de capitais. “Anos atrás, o investimento no setor agro era extremamente concentrado e limitado. Para participar, era necessário comprar uma fazenda, abrir uma revenda agrícola ou estabelecer uma indústria. Hoje, porém, existem muito mais opções acessíveis para investir no agronegócio.”

Para Neto, o mercado de capitais será o principal financiador de longo prazo das empresas e fazendas brasileiras. “É um setor grande, então você tem várias alternativas para investir, não está preso a poucas opções, podendo ter uma carteira diversificada,” acrescenta.

“Existem duas formas principais de aumentar a produtividade no setor agrícola atualmente: através da irrigação e da armazenagem. No entanto, por que essas práticas ainda não foram amplamente implementadas? A resposta está na falta de capital de longo prazo disponível para o setor agrícola até agora,” explica Duarte em entrevista ao canal de Tiago Reis, fundador da Suno, no YouTube.

Nesse contexto, os Fiagros surgem precisamente para resolver essa questão, fornecendo os recursos necessários para esses investimentos.

Mercado de Fiagros cresce 262% em um ano

Comissão de Valores Mobiliários (CVM) afirmou que a indústria de Fiagros alcançou a marca de R$ 21,3 bilhões em patrimônio líquido ao final de 2023. Isso significa um aumento de 103% em comparação com o trimestre anterior (set/23) e um crescimento de 262% no ano. 

Considerando os 7 FIPs (fundos de investimento em participações) que migraram para Fiagro FIP no último trimestre, a marca supera os R$ 38 bilhões em patrimônio líquido.

“O agronegócio segue com crescimento acima da média, o que demonstra sua força no Mercado de Capitais. Até o final de dezembro de 2023, por exemplo, foram registrados 97 Fiagros Operacionais, o que representa um incremento de 21% em relação ao trimestre anterior e um crescimento de 106% no ano. Este crescimento tem sido constante e reflete as oportunidades desse mercado”, afirma David Menegon, Gerente de Securitização e Agronegócio da CVM. 

A categoria Fiagro Imobiliário representa 45% do patrimônio líquido total, mas no último trimestre, os Fiagros FIPs passaram a representar 44% desse total. Isso ocorreu devido à migração de sete fundos já existentes, que passaram de FIP para Fiagro FIP. O patrimônio líquido desses sete fundos migrados é de cerca de R$ 17 bilhões.

O mercado de certificado de recebíveis do agronegócio também teve crescimento acima da média do mercado, em cerca de 35,8%. O patrimônio líquido alcançou R$ 130 bilhões em dezembro de 2023. 

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