Por que 2023 será o ano do agronegócio brasileiro? Setor deve impulsionar PIB

2023 se encaminha para ser o ano do agronegócio brasileiro. A expectativa dos analistas é de que a força do campo impulsione os números do Produto Interno Bruto (PIB) do País e ajude a economia brasileira a crescer ao longo dos próximos meses.

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De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de grãos deve chegar na casa dos 302 milhões de toneladas, recorde para o setor. Por isso, a atual colheita está sendo batizada como supersafra 2023.

Na visão do Itaú, o PIB do agro deve disparar 10,% neste ano. “A soja deve ser o destaque, projetando esse crescimento e sendo um dos principais propulsores”, aponta Natália Cotarelli, economista do Itaú BBA, ao citar a supersafra da soja ao Suno Notícias.

Nas previsões do banco, enquanto o agronegócio no Brasil verá seus números dispararem ao longo de 2023, os setores da Indústria (0,4%) e de Serviços (0,8%) terão números mais tímidos — no geral, o banco espera que o PIB brasileiro avance 1,3%.

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As previsões positivas dos economistas também estão presentes no dia a dia das pessoas que trabalham na agricultura. Em entrevista ao jornal O Globo, o produtor de soja Marcelo Pereira disse que espera um crescimento entre 6% a 7% na sua colheita, em comparação com o ano passado.

“As perspectivas são boas. Está sendo um período bom de chuvas, e temos variedades de soja mais produtivas”, ressalta Pereira, que planta soja no Tocantins.

Além da soja, outras lavoras também devem ver seus números dispararem neste ano. No interior de São Paulo, o produtor agrícola Gilberto Fillipini prevê um crescimento entre 15% a 20%na colheita deste ano, em comparação com a do ano passado. Nas suas contas, em julho, ele colherá 20 mil toneladas.

No ano passado, a falta de chuva nos atrapalhou e colhemos menos. Mantivemos nosso investimento e a mesma área plantada, de 240 hectares, e este ano vamos recuperar. Por enquanto, as chuvas estão colaborando.

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PIB da agricultura

No ano passado, o setor agro recuou 1,7%, de acordo com os dados do IBGE. Um dos fatores para essa queda foram os efeitos climáticos adversos na região Sul, como a seca do ano passado.

“A soja, principal produto da lavoura brasileira, com estimativa de queda de produção de 11,4%, foi quem mais puxou o resultado da Agropecuária para baixo no ano, sendo impactada por efeitos climáticos adversos”, comenta Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

Quem puxou o PIB para cima em 2022 foram os setores de Serviços (4,2%) e Indústria (1,6%), responsáveis por cerca de 90% do indicador. 

Contudo, como esses dois nichos econômicos devem apresentar um crescimento bem tímido em 2023, o agronegócio tem tudo para ser o destaque do ano, principalmente por causa da supersafra.

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Erick Matheus Nery

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