Ponto Icarus, startup de ponto eletrônico parceira da Unimed, CVC (CVCB3) e Ibis, usa reconhecimento facial e geolocalização
A Ponto Icarus nasceu com a proposta de otimizar o processo de batida de ponto para os profissionais. “Ninguém gosta de registrar ponto eletrônico”, brinca Michel Orth, CTO da startup. Mas, diz ele, a empresa conseguiu facilitar esse processo com uma plataforma eficiente, moderna e prática – que fez com que sua startup conquistasse mercado e atraísse clientes e parceiros de peso.
Em quase um ano, a startup de ponto eletrônico recebeu uma injeção média de R$ 430 mil reais. Com a quantia, foi possível investir no desenvolvimento da plataforma e infraestrutura da empresa.
Assim, em 2020, os quatro sócios iniciais da startup, Orth e mais três colegas, obtiveram uma versão inicial para comercialização da plataforma via site e aplicativo, criada pela própria equipe de desenvolvimento interno da Ponto Icarus.
Porém, tiveram um contratempo: a pandemia de Covid-19, que fez aumentar as medidas de restrição e circulação de pessoas. Tiveram de fechar a unidade física em Florianópolis, SC, e arregaçar as mangas para o trabalho remoto.
O que poderia parecer um cenário ruim para a Ponto Icarus na verdade foi completamente revertido com a capacidade de adaptação do sistema.
Ponto Icarus tem batida com reconhecimento facial e geolocalização
O aplicativo da startup começou simples: ele permitia que o trabalhador acompanhasse em tempo real as batidas de ponto ao longo do dia, acessasse o banco de horas e soubesse quantas horas extras ou faltantes o funcionário tinha.
Para tornar a batida de ponto eletrônico mais segura e acertada, a Amazon Web Services (AWS) veio a calhar. Utilizando-se do sistema de facial recognition da AWS, a Ponto Icarus aprimorou o seu sistema com a garantia de que os funcionários passassem por uma confirmação visual.
Além disso, os sócios encontraram uma forma de substituir o Registro Eletrônico de Ponto (REP) – o tradicional ponto físico. Para isso, foi elaborado um aplicativo para tablets compartilhados. Assim, as empresas poderiam deixar os aparelhos no escritório e cada um de seus funcionários marcariam suas horas de trabalho, com a opção de reconhecimento facial de cada um deles.
Contudo, as funcionalidades oferecidas não pararam por aí.
Novas features para acompanhar demandas de clientes
No mundo do empreendedorismo, é comum ouvir que os primeiros 100 clientes são os mais difíceis. Michel Orth concorda com o ditado, mas ressalta que é a partir deles que se mais aprende e cresce no mercado.
Partindo da proposta de oferecer pontos eletrônicos de forma online e offline, a empresa acabou abraçando novas demandas que os clientes traziam, e que sentiam falta em outros softwares. Foi assim que o catálogo de serviços da Ponto Icarus começou a se estender.
“Não queremos ser apenas um registro de ponto. Já tem outros 200 softwares que fazem isso no Brasil hoje. Quero ser uma solução que atenda ao RH da empresa.”
Michel Orth, CTO da Ponto Icarus.
Atualmente, a startup oferece cerca de dez funcionalidades para empresas, que eliminaram completamente a necessidade de papel.
- Registro do ponto pelo navegador, celular, tablet ou por meio do REP tradicional, de maneira online ou offline;
- Ponto com reconhecimento facial e geolocalização;
- Tablet compartilhado para batida de ponto no local de trabalho;
- Fechamento do banco de horas do ponto no final de cada mês;
- Distribuição de documentos como holerites e espelhos de pontos;
- Assinatura de documentos online pelo celular;
- Acesso a relatórios gerenciais para tomadas de decisões em tempo real;
- Notificações inteligentes para encaminhar alertas aos colaboradores;
- Gerenciamento das escalas de trabalho, incluindo plantonistas;
- Integrações com sistema de folha ou contabilidade.
Atendimento humanizado com 98% de aprovação
Para Michel Orth, umas das características que mais destacam a empresa é o relacionamento com os clientes. Enquanto as big techs intensificam o atendimento automatizado, de forma que as pessoas consigam resolver seus problemas sozinhas ou com robôs, a empresa dele segue na contramão.
Os atendentes da Ponto Icarus se colocam à disposição para fazer o atendimento da forma que o cliente preferir, por e-mail, WhatsApp ou telefone. Além disso, realizam uma pesquisa mensal de satisfação cuja meta é sempre manter uma nota de 98% ou mais – e têm sido bem sucedidos nisso.
Foi ouvindo seus clientes que a lista de funcionalidades cresceu. “Se alguém está com o problema, nós ouvimos as sugestões e vamos transformando em novas features para agregar mais clientes.”
Crescimento de 222% no faturamento
A Ponto Icarus contava em 2020 com cinco colaboradores (três sócios e dois funcionários), para erguer o negócio. Hoje, com 15 colaboradores (sendo três deles sócios), a empresa registra um crescimento de 222% no faturamento em 2022, com uma perspectiva de 100% a 120% para 2023.
Para essa lucratividade, eles contam com um catálogo de clientes de mais de 550 empresas – das micro às grandes –, que somam 30 mil colaboradores e 250 mil pontos registrados por dia. Entre elas, estão a cooperativa de saúde Unimed, a rede de hotéis Ibis e a agência de viagens CVC (CVCB3).
Para atingir esses números, o primeiro canal de captação de clientes da startup foram as plataformas pagas de anúncios, como o Google Ads. Contudo, Orth informa que recentemente as indicações passaram a ser o principal meio de chegada dos novos clientes.
“80% das empresas que vem até nós hoje em dia são por recomendações, desde alguém do RH que fechou contrato com a gente até funcionários que estão com algum problema e receberam a dica de um amigo.”
A tecnologia da AWS no impulsionamento da Ponto Icarus
Para o pleno desenvolvimento da Ponto Icarus, alguns serviços da AWS foram fundamentais. O CEO da startup destaca dois deles: a tecnologia de reconhecimento facial do Amazon Rekognition e a infraestrutura. A última fica localizada em São Paulo e atua na hospedagem dos servidores.
Quanto ao serviço de reconhecimento facial, Orth explica que é possível fazer uma comparação de rostos rápida por IA. “O colaborador fornece a primeira selfie dele e a partir daí todos os registros de ponto são comparados com essa primeira foto.”
Ele também lembra que a AWS continua aprimorando o seu sistema de reconhecimento. Duas mais novas atualizações da plataforma agora incluem a identificação da direção dos olhos da pessoa e a confirmação de que a imagem fornecida contém um rosto, de acordo com os atributos fornecidos.
Para o futuro da Ponto Icarus, Michel comenta que a empresa está aberta para adotar novas tecnologias e continuar seguindo as sugestões dos clientes. A startup quer adotar o que faz mais sentido a eles para que continuem crescendo no catálogo de funcionalidades.
