Política de Preços da Petrobras (PETR4) foi parar na Justiça, diz colunista
Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a nova política de preços da Petrobras (PETR4) foi alvo de uma ação popular.
A ação teria sido protocolada protocolada na Justiça Federal de São Paulo, na 17ª Vara Federal Cível do estado. Segundo as informações da coluna, a ação contra a Petrobras foi protocolada pelos advogados Rafael Mortari e Adilson Bolico, com apoio do Instituto Ibero-Americano da Empresa
Segundo ambos os advogados, os lucros da Petrobras estariam em risco com a nova política de preços.
A reivindicação é de que a política antiga – o PPI – seja restaurado enquanto uma nova política de preços ainda seja discutida em caráter judicial.
Mortari e Bolico destacam, na ação, que a dinâmica de desassociar o preço praticado nos combustíveis do dólar enquanto há uma fatia relevante do custo dolarizado pode prejudicar a empresa e gerar uma “artificialização” dos preços.
Ambos os advogados apontam que, com a diminuição do lucro, a União teria mais prejuízo e, consequentemente, menos folga para financiar políticas sociais.
Os advogados ainda classificaram o novo regramento, já divulgado pelo governo, como “um amontoado de palavras”, destacando a pouca clareza das diretrizes.
Nesse sentido, pedem que a estatal explique à Justiça detalhadamente como funcionará sua nova política de preços.
Veja como é a nova política de preços da Petrobras
A estatal, no dia 16 de maio, divulgou publicamente qual será a nova estratégia comercial para definir preços de diesel e gasolina, em substituição à política atual de preços, chamada de PPI ou política de paridade de importação.
O texto divulgado pelo governo possui somente uma página e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, inclusive, foi convidado a explicar o fim da paridade de preços com o dólar e o mercado internacional mencionada no comunicado à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
O sistema anterior levava em conta os preços do petróleo no mercado internacional, enquanto o novo modelo vai levar em consideração também o mercado interno.
Com a mudança na política de preços dos combustíveis, a Petrobras (PETR4) acredita que terá mais flexibilidade para praticar preços competitivos.
Conforme comunicado divulgado pela empresa na manhã de hoje, a estratégia usa referências de mercado como:
- custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação;
- custo marginal
A estatal explica que o custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos.
O valor marginal para a Petrobras, por sua vez, é baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e dos petróleos utilizados no refino.