PNAD: faltava trabalho para 32,641 milhões de pessoas em fevereiro

No trimestre terminado em fevereiro de 2021, faltou trabalho para 32,641 milhões de pessoas no país, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A taxa composta de subutilização da força de trabalho subiu de 29,0% no trimestre até novembro para 29,2% no trimestre até fevereiro. O indicador da PNAD inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até fevereiro de 2020, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 23,5%.

A população subutilizada subiu 1,5% ante o trimestre até novembro, 479 mil pessoas a mais. Em relação ao trimestre até fevereiro de 2020, houve um avanço de 21,9%, mais 5,858 milhões de pessoas.

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Segundo a PNAD, a taxa de desocupação saiu de 14,1% no trimestre até novembro para 14,4% no trimestre até fevereiro, maior patamar para trimestres encerrados em fevereiro dentro da série histórica iniciada em 2012.

Desalento cresce, segundo PNAD

O Brasil, segundo a PNAD, alcançou um recorde de 5,952 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em fevereiro. O resultado significa 229 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em novembro, um aumento de 4,0%. Em um ano, 1,259 milhão de pessoas a mais caíram em situação de desalento, alta de 26,8%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

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Massa de salários encolhe

A massa de salários em circulação na economia encolheu R$ 16,804 bilhões no período de um ano, para R$ 211,189 bilhões, uma queda de 7,4% no trimestre encerrado em fevereiro em relação ao mesmo período de 2020. Os dados são da PNAD Contínua, agora divulgada.

Na comparação com o trimestre terminado em novembro, a massa de renda real caiu 2,1%, com R$ 4,553 bilhões a menos. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve queda de 2,5% na comparação com o trimestre até novembro, R$ 65 a menos. Em relação ao trimestre encerrado em fevereiro do ano passado, a renda média subiu 1,3%, R$ 33 a mais, para R$ 2.520.

“A queda no rendimento no trimestre (ante novembro) pode estar relacionada a uma participação maior de trabalhadores informais. A média do rendimento acaba caindo”, justificou Adriana Beringuy, gerente de pesquisa da PNAD.

(Com Estadão Conteúdo)

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Vitor Azevedo

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