PMI industrial do Brasil cai para menor nível em 9 meses, diz IHS Markit

O Índice de Gerente de Compras, ou PMI, industrial do Brasil caiu para 52,8 pontos em março, após 58,4 pontos em fevereiro, conforme a IHS Markit. Apesar de ainda ter ficado acima da marca de 50,0, o que indica expansão da atividade, interrompeu uma série de nove meses de crescimento.

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O PMI ficou mais próximo desse nível de 50 do que anteriormente, registrando o menor patamar em nove meses. De acordo com a IHS Markit, a queda ocorre no momento de pico da pandemia de covid-19, em que o aumento de casos da doença e a adoção de novas medidas restritivas sociais causaram a redução de novos pedidos de gerentes de compras.

Consequentemente, houve redução da produção e diminuição do emprego, fazendo o setor reavaliar suas previsões para a produção no próximo ano.

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“O setor manufatureiro brasileiro experimentou um retrocesso em março, com novos pedidos e produção de volta à contração devido a um pico nos casos de coronavírus e introdução de novos controles que visam coibir a propagação da doença. Preocupações com a pandemia restringiram a confiança empresarial, com o menor otimismo desde maio de 2020”, diz a nota.

Os dados do PMI ainda ressaltam graves interrupções da cadeia de abastecimento, que desencadearam um aumento acentuado nos custos de insumos e atrasos na entrega. Para proteger suas margens, as empresas aumentaram seus preços de venda novamente.

Apesar de queda PMI, empresas continuam confiantes

As empresas permaneceram confiantes de que a produção aumentará durante o curso do próximo ano. Porém, aumentaram as preocupações sobre o aumento de casos covid-19, o que contém o sentimento.

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Segundo a Markit, as restrições da cadeia de abastecimento continuaram sendo uma característica fundamental da pesquisa. Prazos médios de entrega foram alongados para um dos maiores vistos meio à crise do transporte marítimo e escassez de matérias-primas. Este último, diz, por sua vez, sustentou um aumento acentuado nos custos de insumos. O aumento foi mais acentuado do que qualquer outro registrado antes de outubro de 2020.

“Para proteger suas margens, as empresas procuraram reduzir suas despesas com a eliminação de empregos e elevação dos preços de venda. O emprego diminuiu pela primeira vez desde meados de 2020, enquanto as cobranças aumentaram em uma das taxas mais acentuadas desde o início da pesquisa no início de 2006”, conclui o IHS em sua leitura do PMI.

(Com Estadão Conteúdo)

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Vitor Azevedo

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