Infracommerce (IFCM3): Plano de remuneração acende alerta entre investidores de IPO
A Infracoomerce (IFCM3), empresa de soluções digitais para o e-commerce, iniciou nesta terça-feira (13) o seu período de reserva de ações da sua oferta pública inicial (IPO) para os investidores de varejo. Uma das cláusulas do processo, porém, chama a atenção: a quantidade elevada, de 17% do capital, destinado a funcionários da empresa. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
A quantidade “normal” destinada a funcionários gira, comumente, próximo a 5% do capital. O número elevado gera temor de que quem investir nas ações pode ver seus papéis diluídos por conta da posterior entrada dos funcionários da Infracommerce.
No IPO, a Infracommerce busca vender as suas ações entre o intervalo de preço de R$ 22 e R$ 28, com a definição marcada para o próximo dia 27 – a companhia é vista como uma empresa que, provavelmente, conseguirá se desviar da “má fase do mercado” e das várias desistências, por conta do setor em que atua, que vem acelerando na pandemia da covid-19.
Já o preço para que os executivos da companhia exerçam o stock option fica muito mais barato, na casa de R$ 1, e a possibilidade de exercício se dá em até um ano.
O processo de bookbuilding Infracommerce está liberado para quem possua mais de R$ 3 mil para investir na companhia, sendo que o valor máximo para um aporte é de R$ 1 milhão. São 50 milhões de ações primárias e 29,2 milhões de ações secundárias negociadas pela companhia – com a possibilidade ainda da colocação de um lote adicional.
A Infracommerce pretende utilizar os recursos levantados na oferta primária para realizar potenciais aquisições estratégicas, para investir em pesquisa e desenvolvimento e para pagar parte de suas dívidas.
IPO da Infracommerce pode gerar valor ao Iguatemi
O Iguatemi (IGTA3) informou nesta terça-feira (13) que vem investindo em um programa de Venture Capital desde 2019 e, entre as companhias que já receberam aporte estaria a Infracommerce.
A rede de shoppings detem participação indireta de cerca de 10% na Infracommerce e, para os analistas Renan Manda e Lucas Hoon, da XP Investimentos, o IPO pode destravar de 6% a 7% do valor de mercado do Iguatemi – o que gera uma visão positiva para a empresa.