O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, anunciaram, nesta terça-feira (22), que solicitaram uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O partido alega ter feito uma auditoria e pede investigação, com eventual invalidação dos votos de uma parte das urnas utilizadas no segundo turno das eleições, que terminou com a vitória da chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com o documento, “em todas as 279.336 urnas eletrônicas dos modelos UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015, utilizadas no Segundo Turno das Eleições Gerais de 2022 foram verificadas inconsistências”.
Segundo a Agência Brasil, o laudo técnico da auditoria, realizada pelo Instituto Voto Legal — empresa terceirizada que foi contratada pelo partido —, também teria indicado “evidências de mau funcionamento de urnas eletrônicas”. De acordo com a empresa, isso teria se dado através de eventos registrados nos arquivos Logs de Urna.
“Nos arquivos que não contêm o código de identificação da urna eletrônica correto, é impossível correlacionar, univocamente, os dados ali registrados com os eventos realmente ocorridos no mundo fático, sejam eles votos ou intervenções humanas”, pontua o documento.
O que diz o laudo
O laudo também afirma que a falta de uma “adequada individualização dos documentos”, e consequências decorrentes disso, colocam em xeque a transparência do processo eleitoral. “Apenas as urnas eletrônicas modelo UE2020 é que geraram arquivos LOG com o número correto do respectivo código de identificação”, afirma a representação.
Assim, com a manutenção apenas dos votos da UE2020, e a anulação das demais (cerca de 60% do total de urnas), a representação alega que Bolsonaro venceria a eleição para presidente. Apesar de contestar o segundo turno, o documento exclui os resultados para os governos estaduais, que estavam em disputa e receberam votos através do modelos UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015.
No último dia 30 de outubro, a disputa do segundo turno elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como novo presidente eleito do Brasil, com 50,9% dos votos válidos (60,3 milhões). Já Bolsonaro alcançou a marca de 49,1% dos votos válidos (58,2 milhões).
Com informações da Agência Brasil