O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, declarou nesta quinta-feira (20) que a plataforma de pagamentos instantâneos da autoridade monetária, o Pix, é a semente de várias iniciativas que estão sendo implementadas no âmbito da democratização digital no Brasil.
O presidente da autarquia federal ainda afirmou, em participação online na abertura do Fórum Pix, organizado pelo BC, que o meio de pagamento tem previsão para começar a operar no dia 16 de novembro. Campos Neto destacou que irá reformular a intermediação financeira e que passará por uma evolução natural.
Além disso, o economista pontuou que “eventualmente todos os integrantes da intermediação financeira vão participar” do sistema de pagamento. “Vamos contar com todos os integrantes, não só do sistema financeiro, mas eventualmente todos os integrantes da intermediação financeira vão participar”, afirmou o presidente do BC.
Para Campos Neto, a pandemia acelerou a integração de tecnologias, inclusive no sistema financeiro e citou o crescimento das transferências eletrônicas registrado nos últimos meses.
Pix pode impedir concentração do sistema financeiro
Nesse sentido, segundo o economista, o novo sistema pode ajudar a evitar uma consequência negativa de outras crises, que foi a maior concentração do sistema financeiro.
O diretor de organização do sistema financeiro e resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, ainda salientou que já existem conversas avançadas junto a órgãos governamentais para que Pix seja utilizado para o pagamento de tarifas.
No mesmo sentido, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, defendeu que o acordo anunciado nesta quarta-feira com o BC resultará na queda das tarifas de energia. “Isso implica em redução de custo operacional, e essa redução de custo operacional será compartilhada com o consumidor, trazendo reflexo positivo nas tarifas”, afirmou.
Atualmente, existem dois acordos assinados para utilização do Pix, com a Aneel e com o Tesouro Nacional.