O Pix quebrou um novo recorde de transações diárias.
Na última sexta-feira (6) foram feitas mais de 227 milhões de transações via Pix em 24h, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC).
Com isso, o volume de transações superou o recorde anterior, que era de 5 de julho deste ano, com 224 milhões de transações em um só dia.
“Os números são mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública, para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil”, disse o Banco Central, em nota.
À época do recorde anterior, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, já havia declarado que a ferramenta tem fomentado inclusão financeira.
“O Pix talvez seja o sistema que mais gerou inclusão financeira na história”, disse em evento sobre os cinco anos do Cadastro Positivo, organizado pela Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF),
Novas modalidades
Conforme previsto pelo BC, ainda em outubro o será lançado o Pix Agendado Recorrente, que poderá ser utilizado para pagar serviços de pessoas físicas.
Essa modalidade do Pix terá adesão de todos os bancos que já disponibilizam o Pix.
O Pix automático, por sua vez, terá seu lançamento somente em junho de 2025.
Essa modalidade será usada para pagar pessoas jurídicas, como escolas, academias e afins.
Pix dos investimentos
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) editou, no fim de agosto, a Resolução CVM 210 – responsável por regulamentar portabilidade das aplicações financeiras. A medida, conhecida como Pix dos investimentos, entra em vigor no dia 1º de julho do ano de 2025.
Além do Pix dos investimentos, a CVM também editou a Resolução CVM 209, que por sua vez complementa as medidas da resolução 210.
“As regras de portabilidade de valores mobiliários fazem parte da materialização do Open Capital Markets no arcabouço regulatório da CVM, como forma de empoderamento dos investidores e de modernização do ecossistema do Mercado de Capitais“, declara João Pedro Nascimento, Presidente da CVM.
“Por meio das Finanças Digitais, estamos aperfeiçoando a dinâmica relativa à transferência de custódia de investimentos, com regras de conduta e de transparência aplicáveis a custodiantes, intermediários, depositários centrais, entidades registradoras e administradores de carteiras de valores mobiliários. Temos a expectativa de fomentar um saudável ambiente de competição pela simplificação e desburocratização das regras de transferência de custódia”, completa.
Conforme nota explicativa da CVM, as mudanças com a edição nas duas resoluções implicam em:
- Interface digital para a solicitação de portabilidade, que dispensa o preenchimento de formulários físicos ou o reconhecimento de assinaturas em cartório
- Possibilidade de o investidor escolher o ponto de solicitação da portabilidade: na origem, no destino ou junto ao depositário central
- Transparência nos prazos estimados para conclusão da portabilidade
- Possibilidade de o investidor acompanhar o andamento do processo em tempo real
- Escalonamento de prazos para efetivação da portabilidade, em função da complexidade operacional de cada grupo de valores mobiliários
- Disponibilização de dados quantitativos sobre a portabilidade à CVM e às entidades autorreguladoras, permitindo a identificação de instituições que apresentem atrasos reiterados na efetivação da portabilidade ou número elevado de recusas às solicitações de portabilidade
- Caracterização como infração grave nos casos de descumprimento sistemático de prazos para efetivação da portabilidade, ou de represamento injustificado do processamento da portabilidade
O presidente da autarquia participou de painel na Expert XP 2024 e declarou que o Pix dos Investimentos será solicitado na corretora a qual o investidor quer trazer seus ativos, e não a que ele quer sair.
“No passado, o investidor que queria transferir a custódia de uma corretora para outra tinha que solicitar na corretora de origem, o que criava entraves burocráticos e um esforço da empresa para que a mudança não ocorresse”, disse João Pedro Nascimento, Presidente da CVM.
“Agora, a nova dinâmica tem regras de conduta e de transparência e o principal, que é a solicitação, na casa de destino. Com isso, o procedimento deve empoderar os investidores, principalmente os de varejo”, completou sobre o Pix dos Investimentos.