Após 12 dias de operação restrita, na qual apenas alguns clientes selecionados pelas instituições financeiras puderam testar o sistema, entra no ar nesta segunda-feira (16), para todo mundo, o Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC).
A ideia é que o Pix torne as transações financeiras mais simples e rápidas – as pessoas terão apenas de cadastrar uma “chave” (senha individual) no banco no qual têm recursos depositados e usar o próprio telefone celular para efetuar pagamentos ou transferências.
Para o BC, a entrada do novo sistema de pagamentos tem potencial de provocar uma mudança significativa no País. Entre outros pontos, a instituição acredita que o Pix vai:
- baixar o custo e aumentar a segurança das transações;
- elevar a competitividade e a eficiência do mercado;
- incentivar a digitalização dos pagamentos no varejo;
- promover a inclusão financeira da população.
Também tem o potencial de reduzir o dinheiro em espécie em circulação, o que já traria uma boa economia.
“O papel-moeda é caro para autoridade monetária e para sistema financeiro. Transportar papel-moeda em um país continental é caríssimo, estimamos um gasto de cerca de R$ 10 bilhões por ano com empresas de transporte de valores, sem contabilizar outros custos de segurança pública”, disse, na semana passada, o diretor de organização do sistema financeiro e resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello.
Como funciona?
O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central. É um meio de pagamento, assim como são os boletos, a TED, o DOC, as transferências entre contas e os cartões de pagamento (de débito ou de crédito). A diferença é que o novo sistema permite que a operação seja feita em qualquer horário e com mais rapidez.
A expectativa do Banco Central é de que as operações sejam liquidadas em até 10 segundos. Isso significa que, quando um cliente pagar um restaurante durante a madrugada com o Pix, o dinheiro cairá quase instantaneamente na conta do estabelecimento. O Pix não é um aplicativo, mas um meio de pagamento que será oferecido pelos prestadores de serviço de pagamento, como bancos e fintechs, em seus diversos canais de acesso, principalmente o celular.
Empregador poderá recolher FGTS pelo Pix
O BC Correio informou na última sexta-feira (13) que os empregadores poderão recolher o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) com o novo modelo de pagamento instantâneo do Banco Central, o Pix.
Na resolução divulgada, foram ampliadas as possibilidades de uso do Pix para incluir contas que ainda não eram abrangidas pelas regras do pagamento instantâneo. De acordo com o Banco Central do Brasil, a partir de agora, algumas novas contas de varejo poderão também receber Pix.
A respeito das contas de recolhimento do FGTS, a autoridade monetária destacou que a modalidade de conta é prevista na lei que instituiu o sistema de pagamentos instantâneos, no entanto ela não se enquadrava no regulamento.
Nesse sentido, a autarquia afirmou em nota que “com a mudança, os empregadores passarão a ter o Pix como opção para o recolhimento das contribuições ao FGTS. A previsão é que essa facilidade esteja em operação a partir de janeiro de 2021, com o lançamento do FGTS Digital”.
Com informações do Estadão Conteúdo.