O Banco Central estabeleceu mais uma limitação ao Pix nesta sexta (19). As opções de uso para o horário noturno foram reduzidas: além do horário padrão, de 20h às 6h, haverá apenas mais uma outra faixa, de 22h às 6h.
A diferenciação entre o período diurno e noturno para uso do Pix ocorreu no bojo das mudanças para conferir mais segurança aos meios de pagamentos eletrônicos. As alterações foram anunciadas no fim de agosto, em meio ao crescimento de golpes e fraudes com o Pix.
Desde o dia 4 de outubro, o limite para pagamentos digitais entre pessoas físicas à noite, entre 20h e 6h, é de R$ 1 mil. Mas o cliente podia, até então, alterar o início da faixa noturna, iniciado de 20h a 23h59.
Esse período, contudo, representava um grande leque de opções, que permitia que cada cliente fizesse uma escolha totalmente diferente, complicando a operacionalização.
O BC também já previa que o cliente pudesse alterar o limite de R$ 1 mil. Mas, caso a requisição seja para ampliar o valor transacionado, as instituições têm prazo mínimo de 24h e máximo de 48h para efetivá-la, de modo a limitar ações de criminosos em sequestros relâmpagos, por exemplo.
Na última terça-feira (16), dia em que o Pix fez um ano, entrou em vigor o Mecanismo Especial de Devolução, que agiliza o ressarcimento de valores ao usuário vítima de golpe ou falhas operacionais das instituições financeiras.
Possibilidades do Pix estão apenas no começo, diz Campos Neto
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse hoje que as possibilidades do Pix estão apenas no começo. Segundo ele, foram feitas até agora 30% das funcionalidades. “Quem acha que o Pix acabou, está só começando”, comentou em participação no evento Meeting News, organizado pelo Grupo Parlatório.
Entre as novas funcionalidades, Campos Neto citou a possibilidade de fazer Pix internacional, novidades em relação a pagamentos programados, além da integração com o Open Finance. “O Pix pode ser uma identidade digital.”
(Com informações da Agência Estado)