Pix: golpes aumentaram no 1º semestre; veja 8 dicas para se proteger

O Pix, meio de pagamento instantâneo do Banco Central, facilitou as transações bancárias para pessoas físicas e também para comércios. Mas essas operações também chamaram atenção de golpistas — e a quantidade de crimes envolvendo o Pix subiu muito.

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De acordo com a Polícia Civil, o número de sequestros-relâmpagos aumentou 40% no estado de São Paulo nos primeiros sete meses do ano, na comparação anual. E um dos motivos seria a substituição da ida ao banco pela facilidade da transferência via Pix.

Foram 206 casos de janeiro a julho de 2021, contra 148 nos mesmos meses do ano passado no estado de São Paulo. “Os golpistas acabam utilizando o Pix dada a notoriedade do meio de pagamento, mas a sistemática de golpe já é antiga”, informou o Banco Central.

Além de sequestros-relâmpagos, outras ações dos criminosos são o envio de links maliciosos para roubo de dados, conversas no WhatsApp se passando por parentes ou amigos e até mesmo transferências após o furto do celular.

No Distrito Federal, 87% dos crimes cibernéticos cometidos em 2021 até agora estavam relacionados ao Pix. No Rio, houve um aumento de 33% em estelionatos virtuais neste primeiro semestre, segundo a Polícia Civil.

O BC limitou transferências a R$ 1000,00 entre 20h e 6h, para evitar os sequestros.

Mas há formas de se precaver e evitar cair nos golpes do Pix.  Veja abaixo algumas dicas de especialistas que o Estadão listou:

1 – Revise e configure o limite de seu Pix

A Febraban alerta, que desde abril, o usuário pode controlar seu limite no sistema de pagamento instantâneo. É possível reduzir ou aumentar o valor disponível para transações, não só do Pix, como da conta bancária como um todo.

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2 – Não utilize a senha do banco em outros aplicativos

É importante que as senhas de aplicativos bancários sejam exclusivamente usadas para as instituições financeiras. Alguns usuários costumam repetir a senha em outros aplicativos, o que pode facilitar a ação de criminosos.

3 – Não anote ou salve senhas dentro do celular

Para além dos recursos de “lembrar/salvar senha”, outra prática frequente é a de adotar senhas em blocos de notas no celular. O que é um erro: “Jamais anote senhas de acesso ao banco em blocos de notas, e-mails, mensagens de WhatsApp ou outros locais em seu celular”, reforça a Febraban.

4 – Utilize o bloqueio da tela de início do celular

O bloqueio da tela inicial do celular pode ser útil não só para evitar que as transações via Pix aconteçam, mas também para retardar a ação de criminosos. Desse modo, ganha-se mais tempo para acionar o banco e bloquear aplicativos de forma remota.

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5 – Não faça um Pix para números desconhecidos

Ao receber mensagens ou ligações de contatos desconhecidos, desconfie. Principalmente em casos de solicitação de transferência de dinheiro de forma emergencial. Em caso de dúvida, ligue para o número antigo da pessoa pela qual o golpista pode estar se passando.

6 – Notifique imediatamente seu banco

Se o celular foi furtado ou o golpe do Pix consolidado, notifique imediatamente o banco envolvido na transferência. Dessa forma é possível tomar medidas de emergência, como o bloqueio do app e da senha de acesso. A depender do caso, o banco pode acabar retendo a transferência.

7 – Avise também a operadora de celular

Além de avisar o banco, em caso de roubo ou furto do celular, também é importante notificar a operadora. A empresa irá providenciar o bloqueio imediato da linha e evitar o uso do aparelho para novos golpes.

8 – Registre um boletim de ocorrência

O último dos passos de notificação das autoridades é o registro do Boletim de Ocorrência (B.O). A ação dá visibilidade ao crime, ajuda nas investigações policiais e permite, posteriormente, a identificação e as prisões de quadrilhas de criminosos.

“Por seu desenho tecnológico, todas as operações com o Pix são 100% rastreáveis, o que permite a identificação das contas recebedoras de recursos produtos de golpe/crime”, informa o Banco Central.

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Monique Lima

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