O Pix, sistema de pagamentos instantâneos, passará por novidades em novembro. Segundo informações divulgadas nesta terça (2) pelo Banco Central, dois aprimoramentos de segurança possibilitarão maior eficácia no combate à fraude.
“Na prática, as instituições terão melhores condições de atuar preventivamente (rejeitando transações fraudulentas ou bloqueando cautelarmente os recursos) e, em última instância, resultará em maior proteção aos usuários”, comenta Breno Lobo, consultor na Gerência de Gestão e Operação do Pix.
O resultado dessas mudanças é uma maior eficácia no combate à fraude, uma vez que as instituições passarão a ter melhores subsídios para aprimorar os próprios modelos de prevenção e detecção de golpes.
Mudanças no Pix
De acordo com o Banco Central, as novidades no Pix estão divididas em duas funcionalidades.
A primeira será a notificação de infração, funcionalidade que permite que as instituições façam uma marcação das chaves e usuários sempre que houver suspeita de fraude na transação. Esse registro passará a contar com novos campos, possibilitando especificar a razão da notificação, por exemplo, golpe, estelionato, invasão da conta, coação, entre outros; e identificar o tipo de fraude cometido – como usuário que abriu uma conta sob falsidade ideológica ou emprestou indevidamente sua conta para alguma fraude (“conta laranja”).
Outra funcionalidade aperfeiçoada pelo BC é a consulta das informações de segurança armazenadas no âmbito do Pix.
O órgão reformulou os dados a serem disponibilizados às instituições na análise antifraude de transações Pix, promovendo o acesso a um conjunto mais relevante de informações. Isso inclui, por exemplo, a quantidade de infrações do tipo conta laranja ou falsidade ideológica relacionada ao usuário ou chave Pix, quantidade de participantes que aceitaram notificação de infração daquele usuário ou chave, quantidade de contas vinculadas a determinado usuário, entre outros. Serão apresentadas informações relacionadas a um maior período de tempo.
Atualmente são disponibilizados dados de seis meses e, com a mudança, passará a contemplar dados de até cinco anos. Essa consulta pode ser feita pelas instituições por chave Pix ou pelo usuário (CPF/CNPJ), 24 horas por dia, todos os dias do ano.
De acordo com o Banco Central, as novidades no Pix entram em vigor no dia 5 de novembro, porque demandam ajustes nos sistemas, tanto por parte do BC como das instituições participantes do Pix.