Pix vai chegar aos EUA, mas o mercado financeiro tem medo dessa novidade; entenda

As transferências via Pix no Brasil completam seu aniversário de três anos em outubro de 2023. O meio de pagamento que se naturalizou e parece indispensável nas movimentações financeiras do cotidiano brasileiro, entretanto, ainda é um mecanismo à frente de outros países.

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Em setembro de 2021, em menos de um ano de nascimento, o Banco Central (BC) registrou que as transações feitas por Pix já superavam as realizadas por boletos, TEDs, DOCs e cheques somados.

Agora, um meio de pagamento como o Pix brasileiro, desenvolvido pela Federal Reserve (Fed) está prestes a ser lançado nos Estados Unidos. O “pix” americano é chamado de FedNow e será a primeira opção no país para pagamentos instantâneos realizados 24 horas por dia.

Atualmente, as instituições financeiras americanas apenas concluem as transferências em dias úteis e dentro do horário comercial, mesmo com a possibilidade de fazer o comando das operações por aplicativos 24 horas por dia. Consequência disso, muitos pagamentos feitos fora desses horários levam horas ou até dias para serem concluídos.

Com essa atualização, os Estados Unidos chega mais perto de “alcançar” outros países no aspecto dos pagamentos instantâneos.

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Por que o mercado financeiro se preocupa com o “Pix” nos EUA?

A possibilidade de fazer transações instantâneas, ao primeiro olhar, pode parecer recheada do benefícios. Entretanto, após a crise de grandes bancos em março deste ano, como o Silicon Valley Bank (SVB) e o Signature Bank, ficou evidente a facilidade e velocidade com que as pessoas conseguem fazer retiradas de capital por meios eletrônicos.

Com uma drenagem de depósitos tão acelerada, ambos os bancos tiveram muita dificuldade para conseguir empréstimos nos dias mais apertados de seus colapsos para amenizar as dívidas. Por isso as instituições financeiras como um todo pressionam o Fed para que haja uma regulação no novo meio de pagamento, de forma a não causar novas crises.

O que o banco central americano já apresentou é que para quem aderir ao FedNow, haverá um limite de saques em contas individuais para evitar uma liquidez alta nos bancos. Manobra semelhante é utilizada nos pagamentos que usam a rede privada Real-Time Payments (RTP) nos Estados Unidos.

Enquanto isso, o Fed está procurando outras formas para educar usuários a se atentarem ainda mais para fraudes. Além disso, está em estudo a possibilidade de estender o horário de funcionamento para noites e finais de semana.

O FedNow está previsto para ser lançado pelo Federal Reserve agora no final de julho e os efeitos que esse “Pix” americano vai trazer para a economia do Tio Sam ainda estão sendo acompanhados.

Com informações da Bloomberg Línea.

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Camila Paim

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