Pix: Banco Central registra recorde de 73,2 milhões de transações em um único dia

O Banco Central informou que na última sexta-feira (6) o sistema de pagamento instantâneo Pix bateu um recorde de transações em apenas um dia. No total, foram feitas 73.198.432 de operações. O recorde anterior, de 63.504.253, foi alcançado em 7 de abril.

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O Pix já tem mais de 430 milhões de chaves cadastradas desde seu lançamento, em novembro de 2020, de acordo com o Banco Central.

Apesar do novo recorde, o Banco Central não explicou a razão por trás da movimentação ou se houve um motivo específico para o volume recorde de transferências. Contudo, o número foi alcançado próximo ao dia de pagamento de salários da maior parte das empresas do país.

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Conforme o BC, já são 126,6 milhões de usuários cadastrados em abril de 2022, sendo 9 milhões de empresas e 117,5 milhões de pessoas físicas. Comparado a dezembro de 2021, o número total era de 117,8 milhões, com 109,8 milhões de pessoas físicas e 8 milhões de empresas.

Pix Banco Central
Usuários cadastrados no sistema Pix, do Banco Central. Créditos: BC/Divulgação

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‘Pix dos EUA’ chegará em 2023, mas já tem concorrentes privados

Federal Reserve (Fed) estuda a implementação do FedNow, que funcionará de maneira semelhante ao Pix, até o ano que vem.

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FedNow deve chegar em meio a onda de adesão aos sistemas de pagamentos instantâneos, que dominaram rapidamente o volume de transações, como é o caso do Pix no Brasil – que ultrapassou 700 milhões de transações em dezembro de 2021.

Apesar das semelhanças com a ferramenta brasileira, o contexto será diferente.

O pagamento pelo sistema do Fed será, assim como o Pix, possível de ser feito 24h e com liquidação instantânea. Contudo, o título de Pix dos EUA pode ser utilizado também para o Zelle, que existe desde meados de 2017.

O sistema de pagamento é controlado por grandes bancos americanos e lidera o mercado privado de transações instantâneas.

A diferença é que o FedNow deve incluir bancos menores e digitais, demanda que já é visada há vários anos por concorrentes – especialmente pelo volume alto de instituições financeiras nos EUA, que são mais de 10 mil.

“Para muitos americanos, a maioria das transações ainda demora muito para ser liquidada”, disse recentemente a secretária do Tesouro, Janet Yellen.

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Em suma, mesmo com players privados, a proporção de transações ainda é expressivamente menor do que no Brasil.

Nos EUA somente 1% das operações realizadas em 2021 foram transações instantâneas, segundo dados da ACI Worldwide, em parceria com a GlobalData e o Centro de Pesquisa Econômica e Empresarial (Cebr). Até 2026, as projeções apontam que o volume deve representar 4%.

Atualmente o Brasil tem uma proporção de 5% das operações sendo transações instantâneas, e as estimativas são de que esse número salte para 34% nos próximos cinco anos.

Além disso, outra diferença é que o Federal Reserve deve atuar mais como um supervisor da ferramenta, diferente do Banco Central (BC), que é ‘ativo’ nas políticas acerca do Pix por ter sido seu criador.

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Victória Anhesini

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