O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro avançou 12,7% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com os três meses anteriores. A estimativa consensual entre analistas era por um avanço de 9,4%, segundo a agência de notícias Reuters. As informações foram divulgadas nesta manhã pelo escritório de estatísticas do bloco.
O PIB da zona do euro se recupera após o tombo de 12,1% no segundo trimestre deste ano. O terceiro trimestre ficou marcado por um verão com menos restrições frente à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O mercado, no entanto, acendeu o alerta após França e Alemanha retomarem os lockdowns por conta da doença nas últimas semanas.
As estatísticas do bloco foram fortalecidas por crescimentos específicos da região. A economia da França cresceu 18,2% entre julho e setembro deste ano, de acordo com o Insee, escritório de estatísticas do país, em leitura preliminar. No trimestre anterior, o PIB francês havia contraído 13,7%.
“O enorme aumento do PIB francês no terceiro trimestre não é confortante para os formuladores de política ou famílias francesas, que agora estão lutando contra um segundo bloqueio nacional”, afirmou Andrew Kenningham, economista-chefe da Capital Economics para a Europa, em comunicado.
Embora tenha sido observada uma melhora durante o período de verão, “o PIB permaneceu bem abaixo do nível de antes da crise”, pontuou o Insee. Em uma comparação anualizada, o PIB francês do terceiro trimestre ficou 4,3% menor em relação ao mesmo período de 2019.
Alemanha, detentora do maior PIB da Europa, cresce 8,2%
A Alemanha, por sua vez, registrou um aumento de 8,2% no terceiro trimestre deste ano, em comparação ao trimestre anterior. Segundo o Destatis, escritório de estatísticas do país, os fatores que impulsionaram a maior economia da Europa no período foram:
- Mais consumo das famílias;
- Aumento contínuo nas exportações;
- Atividade positiva na indústria.
Segundo o executivo da Capital Economics, “essas melhoras estão prestes a ser destruídas pela segunda onda da Covid-19”. Vale lembrar que no segundo trimestre, o PIB alemão tombou 9,8%.
No início desta sexta-feira (30), o Destatis disse que as vendas no varejo recuaram 2,2% em setembro em comparação ao mês anterior, em dados preliminares.
Na última quinta-feira (29), o Banco Central Europeu (BCE) sugeriu que trará mais estímulos monetários à zona do euro. A autoridade monetária do Velho Continente disse que revisará suas estimativas econômicas para os membros do bloco e decidirá quanto apoio será necessário para a recuperação do PIB das nações.
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