O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro caiu 3,8% no primeiro trimestre deste ano em relação aos últimos três meses de 2019. Segundo informou a agência de estatísticas Eurostat nesta quinta-feira (30), esse é a pior retração da economia da Europa em relação a um trimestre anterior desde 1995.
O PIB da zona do euro está sendo fortemente impactada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O dado anualizado demonstra uma forte queda de 14,4% nesta base de comparação. Especialistas ouvidos pela plataforma financeira FactSet esperavam uma queda menor, de 3%. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, a economia da zona do euro caiu 3,3%.
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Além disso, a Eurostat também disse que o desemprego do bloco subiu para 7,4% no último mês, ante 7,3% em fevereiro. Há um ano, a taxa era de 6,6%. A inflação, por sua vez, caiu 0,4% neste mês após ter subido 0,7% em março.
Além do PIB, atividade serviços cai à mínima histórica
O Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços da zona do euro caiu para 26,4 pontos em março, o mínimo da série histórica, impactado pelo avanço do coronavírus. As informações foram divulgadas pelo IHS Markit no início deste mês.
O resultado oficial foi menor do que o esperado por economistas ouvidos pelo jornal “The Wall Street Journal”, que era de 28,4 pontos. Em fevereiro, já sob os efeitos da pandemia, a atividade de serviços da zona do euro foi de 52,6 pontos, então mínimo da série histórica.
Qualquer resultado acima de 50 pontos demonstra crescimento do setor estudado, assim como resultados abaixo de 50 representam contração do setor.
Na Itália, o mais mais impactado pela doença, o índice PMI caiu para 17,4, o pior resultado de toda a Europa. Na Alemanha, a maior economia da zona do euro, o índice caiu para 31,7, frente a 52,5 reportados em fevereiro. Já na França, o PMI recuou de 52,5 para 37,4 em março.
“Os dados indicam que o PIB da zona do euro já está se contraindo a uma taxa anualizada que se aproxima de 10%, com o pior inevitavelmente chegando em um futuro próximo”, afirmou Chris Williamson, economista-chefe de negócios da IHS Markit.
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