O governo reduziu as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2019. A nova expectativa é que a economia cresça 1,6%, ante os 2,2% estabelecidos no ano passado. A revisão foi divulgado nesta quarta-feira (22) pelo Ministério da Economia durante a apresentação do relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas.
A projeção oficial do PIB é utilizado pelo governo como base para estipular o orçamento e os gastos públicos. Com a redução das estimativas, o PIB nominal caiu em 2019 de R$ 7,311 trilhões para R$ 7,249 trilhões. “Claramente esse valor tem impactos sobre o orçamento, em particular, a queda na estimativa do PIB sensibiliza o valor que estimamos como receita“, afirmou o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues.
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As estimativas para a inflação também subiram. O valor do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,8% para 4,1%. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) saiu de 4,2% para 4,8%. Por outro lado, a taxa Selic média continuou em 6,5% e a projeção da taxa de câmbio média passou de R$ 3,7 para R$ 3,8.
De acordo com o governo, as estimativas para a inflação subiram por conta de uma variação verificada em fevereiro e março deste ano. Mesmo com alta do IPCA, o Ministério da Economia informou que o indicador está “dentro do intervalo de tolerância e abaixo da meta de inflação, fixada em 4,25% para 2019”.
Cortes no orçamento
Devido o baixo crescimento, o governo precisou revisar os gastos e fazer contingenciamentos. A União verificou um buraco de R$ 2,18 bilhões no orçamento federal. Dessa forma, para garantir o cumprimento da meta fiscal (estabelecida em um déficit de R$ 139 bilhões) precisou utilizar R$ 2,17 bilhões de sua reserva, dinheiro que não tem destinação específica.
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Essa reserva orçamentária possuía, inicialmente, R$ 5,3 bilhões. Porém, foi reduzida em outros R$ 1,587 bilhão para compor o limite orçamentário do Ministério da Educação. Assim, a reserva teve seus valores diminuídos para R$ 1,56 bilhão.
Boletim Focus
Na última segunda-feira, economistas entrevistados pelo Banco Central (BC) no Boletim Focus reduziram pela 12ª vez a previsão de crescimento do PIB em 2019, com uma previsão de 1,24%.