O Ministério da economia divulgou nesta segunda-feira (28) atualizações das projeções fiscais para este ano, prevendo um déficit nominal de 17,2% do Produto Interno Bruto (PIB), ao passo que as previsões antigas eram de 17%.
Diante das novas projeções, a equipe econômica informou que as expectativas para um rombo primário são de R$ 871 bilhões para o governo central, representando 12,1% do PIB deste ano, ao passo que para o setor público consolidado é de R$ 895,8 bilhões, equivalente a 12,5% do Produto Interno Bruto do Brasil neste ano.
As previsões antigas, feitas no dia 4 de setembro, eram de que os déficits do governo central e do setor público consolidado representariam 12,1% e 12,4% do PIB, respectivamente.
Considerando uma retração do PIB de 4,7% em 2020, premissa que foi mantida desde a última projeção, a estimativa é de que a dívida bruta suba a 93,9% neste ano, ante 94,6%, ao passo que a dívida líquida deve atingir 67,8% do PIB, ante 67,9%.
O Ministério da economia ainda reforçou que é importante circunscrever os gastos extraordinários a este ano, e retomar a agenda de reformas, ressaltando que o envio da reforma tributária aos parlamentares deve ser realizado em breve, após a aprovação de Paulo Guedes, ministro da Economia.
Brasil: PIB teve aumento de 2,4% em julho ante junho, diz FGV
A Fundação Getúlio Vargas divulgou no dia 16 de setembro um relatório sobre o avanço do Produto Interno Bruto brasileiro no mês de julho. De acordo com os dados, o aumento foi de 2,4% em comparação com junho, entretanto a economia teve redução de 6,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
“A economia segue em trajetória de crescimento no mês de julho. Após ter em abril o seu pior momento econômico, reflexo da pandemia de Covid-19, é possível enxergar considerável melhora em todas as atividades econômicas. Apesar dessa melhora, o país segue com cenário de alta incerteza e com o nível de atividade em patamar ainda muito baixo e se recuperando muito lentamente”, declarou o coordenador do Monitor do PIB-FGV em nota oficial.
Os dados registram queda no PIB em relação a oferta dos setores da indústria e de serviços ao comparar com o mesmo período do ano passado, enquanto ao considerar a demanda, as atividades apresentaram retração em quase todas os setores.
- o consumo das famílias teve redução de 6,6%
- o consumo de produtos semiduráveis despencou 24,3%
- o consumo de bens duráveis teve queda de 2,6%
- o consumo de serviços caiu 11,4%.
Apesar disso, o consumo de bens não duráveis subiu 3,5%.
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De janeiro a julho deste ano, o PIB alcançou a quantia de aproximadamente R$ 4,068 trilhões, em valores correntes. Enquanto a taxa de investimento em julho de 2020 foi de 17,1%.
O Monitor feito pela FGV antecipa a tendência do principal índice da economia, o PIB, utilizando as mesmas fontes de dados e metodologia que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
Com informações do Estadão Conteúdo