PIB cresce 0,6% em julho comparado a junho, aponta Monitor da FGV
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 0,6% em julho ante junho, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com julho de 2020, a atividade econômica cresceu 6,6%.
“Em julho, primeiro mês do terceiro trimestre, a taxa de crescimento contra ao igual mês do ano anterior mostrou que tem decrescido fortemente desde abril, quando foi observado o fundo do poço da recessão. Essas taxas de crescimento deverão continuar decrescentes, tendo em vista que a economia melhorou a partir de maio de 2020”, avalia Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.
“Esses resultados estão influenciados pela recuperação de todas as atividades, exceto agropecuária, com destaque para o setor de outros serviços, em razão de maior percentual de pessoas vacinadas. O mesmo ocorre para os componentes da demanda, excetuando-se exportação, devido à forte desvalorização cambial”, acrescenta.
O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
No trimestre móvel terminado em julho, o PIB cresceu 9,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias aumentou 9,5%, impulsionado pelo crescimento do componente serviços (10,3%). A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) avançou 23,5%. As exportações cresceram 3,8%, e as importações aumentaram 32,1%.
Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 4,946 trilhões de janeiro a julho de 2021, em valores correntes. A taxa de investimento da economia foi de 17,4% no mês de julho de 2021.
Ministério da Economia mantém projeção do PIB e piora a de inflação
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia manteve a projeção para o PIB e elevou a estimativa para a inflação, de 5,9% para 7,9%, por influência da alta nos preços dos combustíveis e energia elétrica.
No segundo trimestre do ano, o PIB teve recuo na margem de 0,1% em relação ao período anterior (com ajuste sazonal, já que são períodos diferentes) e cresceu 12,4% na comparação interanual, mostrando recuperação em relação à crise de 2020, segundo a SPE.
A pasta destaca que a redução no segundo trimestre se encontra próxima à estabilidade, em um trimestre com o maior número de mortes da pandemia de covid-19.
Apesar da queda do ritmo da atividade nesse período, os dados mensais de indicadores mostram que a recuperação da economia continua no terceiro trimestre.
A projeção do PIB para o período é de crescimento de 0,6% em relação ao segundo trimestre (com ajuste sazonal) e de 5% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
Com informações do Estadão Conteúdo