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PIB: FGV/Ibre corta projeção de crescimento de 1,8% para 1,4% em 2019

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FGV reduz projeção de PIB para 1,4%. (divulgação)

A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2019 foi revisada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargs (FGV). A nova estimativa caiu de 1,8% para 1,4%. Para 2020, a previsão continuou em 2%.

A divulgação da nova previsão do PIB ocorreu nesta quinta-feira (23), na sede FGV em São Paulo. O seminário “FGV Ibre – Estadão: Perspectivas 2019” contou com a presença da coordenadora técnica do Boletim Macro Ibre, Silvia Matos.

A coordenadora apontou as principais criticidades no cenário externo que a economia brasileira deve enfrentar no segundo trimestre de deste ano:

Quanto ao cenário doméstico, Matos apontou:

Inflação

De acordo com as projeções do Ibre, a inflação acelerou no primeiro trimestre de 2019, e deve encerrar a 4,1% no fim de 2019.

No Brasil, a inflação oficial é calculada através do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A meta de inflação é determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2019, a meta é de 4,25%, com intervalo de tolerância de 1,5% (entre 2,75% e 5,75%).

Desta forma, a meta de inflação do Ibre está de acordo com o intervalo de tolerância. Entretanto, Matos destacou que houve um “choque dos alimentos“, que elevou os preços do setor.

Saiba mais – Inflação: IPCA chega a 0,57% em abril; No ano a alta é de 2,09%

Reforma da Previdência

Também participaram do evento realizado na FGV os economistas:

Senna argumentou que muitos investidores estão com demasiada confiança na eficiência do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e, até mesmo, do Banco Central (BC).

Conforme o economista, o mercado deve atentar-se de que a aprovação da reforma da Previdência possa não ser a resposta final as dúvidas econômicas que atravessam o País.

Os economistas compartilham a avaliação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, de que o Brasil passa por um momento de diversas incertezas econômicas, e estas foram as palavras-chave do evento. Na visão dos participantes do evento, é primordial que o governo realize a reforma da Previdência.

Saiba mais – Banco Central: investimentos são adiados devido as incertezas econômicas

Redução de projeção do PIB não é novidade

Neste mês, empresas e entidades, além do ministro da Economia, Paulo Guedes, também reduziram a projeção de crescimento do PIB para 2019.

O Boletim Focus, compilado pelo BC semanalmente, reduziu a projeção de crescimento do PIB de 1,49% para 1,45% em 2019.

Por sua vez, Itaú Unibanco (ITUB4) também divulgou relatório com atualização de projeção de expansão de crescimento da economia brasileira. O banco diminuiu a estimativa de 1,3% para 1% no fim deste ano.

Guedes cortou a previsão de avanço do PIB brasileiro. Contra os 2% previstos durante a gestão do ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), o crescimento foi contraído a 1,5%.

E, por fim, a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal diminuiu a estimativa do PIB, de 2,3% para 1,8% neste ano.

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