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PIB dos EUA tomba 32,9% no segundo trimestre de 2020

Os pedidos do seguro-desemprego dos EUA da semana anterior foram ligeiramente revisados para cima, de 963 mil para 971 mil.

Os pedidos do seguro-desemprego dos EUA da semana anterior foram ligeiramente revisados para cima, de 963 mil para 971 mil.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos caiu 32,9% no segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Esse é o pior trimestre da economia norte-americana desde 1947. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Comércio nesta quinta-feira (30).

Em relação ao primeiro trimestre deste ano, a PIB norte-americano recuou 9,5%. Os gastos das famílias, que representam mais de 60% da economia, caíram 34,6% no período, a maior queda já registrada na série histórica. Todavia, o desempenho da maior economia do mundo no trimestre ficou acima do consenso de analistas, que era de uma queda de 34,5%.

Durante a crise dos subprime, entre 2008 e 2009, o pior trimestre registrou uma queda de 8,4% na economia. O recorde anterior veio em 1958, quando o crescimento econômico recuou 10% durante a recessão de Eisenhower.

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Os números revelados pelo Departamento do Comércio demonstram os fortes impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), sobretudo com as medidas de contenção da disseminação da doença, o que forçou o fechamento de comércios e limitação à circulação da população.

Por mais que o mercado de trabalho, os gastos de consumidores e a produção tenham melhorado desde que a reabertura gradual da economia foi implementada em maio, além da chegada dos estímulos econômicos de auxílio aos trabalhadores, uma recente onda de infecções moderou o ritmo da recuperação.


Os novos recordes de contaminação pelo coronavírus nas últimas semanas, segundo a “Bloomberg”, indicam que a atividade econômica dos Estados Unidos provavelmente se recuperará mais lentamente do que outras regiões que foram mais assertivas na contenção da pandemia, como na zona do euro.

Além disso, quanto mais tempo a economia tentar retomar sua tendência natural, mas sem uma vacina que combata a doença, os níveis de produção permanecerão abaixo do patamar pré-crise, deixando “cicatrizes permanentes em muitas empresas e trabalhadores”.

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Na última semana, o governo norte-americano fechou um contrato com a Pfizer e a BioNTech para o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina experimental contra o coronavírus. Com o objetivo de distribuí-las gratuitamente, a Casa Branca pagará US$ 1,95 bilhões (cerca de R$ 9,94 bilhões) às empresas.

De acordo com o Departamento do Comércio, o resultado do PIB também demonstrou uma ampla queda em todo o setor produtivo do país. O investimento das empresas de infraestrutura, equipamentos e propriedade intelectual caiu um ritmo anualizado de 27%, a maior queda desde 1952. O investimento residencial, por sua vez, recuou a uma taxa de 38,7%, a maior desde 1980.

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