PIB dos EUA cai para 0,6% e confirma recessão técnica
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos sofreu queda anualizada de 0,6% no segundo trimestre de 2022, conforme a revisão do número divulgada pelo Departamento do Comércio do país nesta quinta (25).
O cálculo inicial do PIB dos EUA, publicado há cerca de um mês, apontava contração maior da economia norte-americana, de 0,9%.
O número revisado, no entanto, ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam declínio de 0,5% no período.
Como o PIB dos EUA já havia encolhido 1,6% no primeiro trimestre, a nova queda entre abril e junho significa que a maior economia global entrou em “recessão técnica“.
O Departamento do Comércio informou também que o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) avançou à taxa anualizada de 7,1% no segundo trimestre, repetindo a estimativa original.
Já o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, subiu 4,4% no mesmo intervalo, também confirmando a leitura prévia do dado.
O PCE é a medida de inflação preferida do Federal Reserve, ou Fed, como é conhecido o banco central dos EUA.
PIB dos EUA deve crescer 2% em 2022 apesar dos juros, diz dirigente do Fed
O presidente da distrital do Federal Reserve (Fed) em Atlanta, Raphael Bostic, disse estar otimista quanto à perspectiva econômica nos EUA. Para ele, o aumento de juros não vai inviabilizar a expansão da economia.
Segundo a sua fala a expectativa é de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA de cerca de 2% em 2022 e entre 0,5% e 1% em 2023.
Além disso, o banqueiro central, que falou em entrevista ao The Wall Street Journal na quarta (24), espera ainda um mercado de trabalho forte, ainda que a taxa de desemprego suba um pouco além dos 3,5% atuais.
Bostic ainda afirmou que a incerteza geopolítica por conta da guerra na Ucrânia e a desaceleração econômica na China estão em seu radar.
“Esses fatores podem realmente acelerar nossa desaceleração doméstica de maneiras que também significam que temos que fazer menos” com o aperto da política monetária, disse ele.
Com informações do Estadão Conteúdo