PIB dos EUA avança 2,9% no 4º trimestre e 2,1% em 2022; veja análises
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 2,9% no quarto trimestre de 2022, em comparação com os três meses anteriores, em números anualizados. Segundo informações divulgadas pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos nesta quinta (26), esse indicador está baseado em dados incompletos e está sujeito a revisões.
A próxima leitura do PIB dos Estados Unidos será divulgada em 23 de fevereiro. Na comparação com o terceiro trimestre, a desaceleração refletiu sobretudo a piora nas exportações e no investimento em ativos fixos não residenciais, além de gastos de governos estaduais e locais, além dos gastos dos consumidores.
Em todo o ano de 2022, o PIB real dos EUA avançou 2,1% ante o ano anterior. Em 2021, tinha havido crescimento de 5,9%, na leitura oficial.
O Departamento de Comércio também divulgou o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos EUA. No quarto trimestre de 2022, esse indicador avançou à taxa anualizada de 3,2%.
Apenas o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, subiu 3,9% no mesmo período.
O PCE é a medida de inflação preferida do Federal Reserve, ou Fed, como é conhecido o Banco Central norte-americano.
PIB dos Estados Unidos: Análises
O resultado da primeira leitura do dado superou a expectativa de alta de 2,5% da mediana dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, do Grupo Estado.
Carlos Vaz, CEO da Conti Capital, acredita que o resultado do PIB norte-americano condiz com o cenário em que, mesmo com o aumento das taxas de juros, o mercado de trabalho segue forte e os gastos dos consumidores mantém a economia dos Estados Unidos.
Enxergo que há uma possibilidade de que os EUA conquistem o famigerado pouso econômico suave. No entanto, pondero que quando as taxas de juros sobem, podem causar uma recessão econômica.
“Já é sabido que o Fed ainda vai seguir com novos aumentos, apesar de mais brandos. E, nesse caso, poderemos ver os EUA entrarem em uma recessão técnica já no segundo trimestre de 2023. Porém, se isso acontecer, não acho que será algo duradouro ou severo, visto que cada lugar e setor vai sentir os efeitos disso de uma maneira, a depender da solidez ou resistência que adquiriu até aqui”, complementa Vaz ao analisar os dados do PIB dos Estados Unidos.
Com Estadão Conteúdo
